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PC cumpre mandado de busca e apreensão no Pará contra 'braço financeiro' do Comando Vermelho

Segundo a Polícia Civil, alvo da operação atuava como 'laranja' para a lavagem de dinheiro oriunda do crime. Mandado foi cumprido em Castanhal

O Liberal

A Polícia Civil do Pará (PCPA), por meio da Divisão de Repressão ao Crime Organizado (DRCO), cumpriu, na manhã desta quarta-feira (09), um mandado de busca e apreensão no município de Castanhal, nordeste paraense. O alvo é um homem identificado como um dos "braços financeiros" da facção criminosa Comando Vermelho Rogério Lemgruber (CVRL), que atuava como "laranja" para a lavagem de dinheiro oriunda do crime. A ação é parte da Operação Alba, que ocorreu de forma simultânea nos estados do Rio de Janeiro, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, São Paulo e Paraná, além do Pará.

De acordo com a Polícia Civil, a operação cumpriu, no total, 26 mandados de busca e apreensão, e efetuou o bloqueio judicial de aproximadamente R$ 76 milhões em contas bancárias, além do sequestro de bens de alto valor de suspeitos de participar da lavagem de dinheiro da maior facção de tráfico de drogas do Rio de Janeiro. O objetivo é desarticular o esquema de compra de drogas e armas.

O delegado-geral da PCPA, Walter Resende, destacou a importância da integração entre as Polícias Civis de vários estados. "Graças a essa integração, a Polícia Civil aprofundará as investigações em relação ao relacionamento do alvo com a facção criminosa, buscando identificar ainda mais envolvidos, assim como atacar a capacidade financeira da organização criminosa", pontuou.

Entre os alvos da operação está Dalton Luiz Vieira Santana, conhecido como DT, um dos principais foragidos da Justiça no Portal dos Procurados. Ele é apontado pelas investigações como chefe da comunidade Kelson’s e seria o líder de um esquema para camuflar a entrada do dinheiro do tráfico de drogas no sistema bancário. Também é o principal suspeito da morte da sua ex-namorada, Bianca Lourenço, de 24 anos, em janeiro de 2021. Ela teria sido esquartejada e os restos mortais jogados na Baía de Guanabara.

A operação Alba, como foi denominada, é coordenada pelo Departamento-Geral de Combate à Corrupção, ao Crime Organizado e à Lavagem de Dinheiro da Sepol, por meio da Delegacia de Combate às Organizações Criminosas e à Lavagem de Dinheiro. Também participam das ações o Departamento-Geral de Polícia Especializada, a Coordenadoria de Recursos Especiais e a Secretaria de Operações Integradas do Ministério da Justiça e Segurança Pública, por meio do projeto Mosaico.

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