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Ônibus desce rua e destrói casa no Paracuri II, em Icoaraci

A família comemorava um aniversário na casa ao lado. Ninguém saiu ferido

Valeria Nascimento

"Foi um verdadeiro milagre o que aconteceu aqui'', disse a faxineira Cida Maria Gomes Teixeira, de 49 anos de idade, referindo-se ao fato de ninguém ter saído ferido no acidente em que um ônibus da linha Icoaraci - Paracuri II, da empresa Belém - Rio, destruiu toda a frente da casa da filha dela, a professora Bianca Isaura Teixeira Palheta, de 23 anos de idade, na noite desta quinta-feira (05), por volta das 20h, em Icoaraci.

É que a rua em que a família de Cida Maria mora, a travessa 5, além de ter um desnível, é a rua do final da linha dos ônibus da Belém - Rio. Segundo a trabalhadora, é comum os motoristas estacionarem os veículos, fecharem os carros, e ao descerem colocarem uma pedra nos pneus traseiros para impedir ou reforçar que os coletivos desçam a pista, involuntariamente.

Ela contou, inclusive, que em maio deste ano, um mecânico da própria empresa Belém-Rio, morreu esmagado por um dos coletivos, que conforme aconteceu na noite de ontem, desceu, vazio, e passou por cima do mecânico que fazia um serviço em outro carro.

De acordo com Cida Maria, que é faxineira num hotel particular, na hora do acidente, os seus familiares comemoravam o aniversário de um outro filho dela, irmão de Bianca, na casa ao lado, por isso, não havia ninguém no imóvel. "Meu neto de sete anos de idade brincava aqui na frente com um outro garotinho, também de sete anos de idade. Eu entrei na casa da Bianca para pegar umas coisas, saí e só ouvi um barulho enorme do ônibus já quebrando tudo'', contou a trabalhadora. ''As crianças viram o ônibus descendo a rua devagar e correram da calçada'', acrescentou ela, ainda com a voz abalada por tudo que viu.

"Acho que eles põem as pedras porque os freios desses carros não devem prestar mais. A pedra que o motorista colocou hoje era pequena, não aguentou o peso do carro e aconteceu o que aconteceu. Meu genro disse que vai procurar os direitos dele. Ele e minha filha têm de ser no mínimo indenizado por todo o prejuízo que tiveram'', disse Maria Cida, enquanto sua filha e genro tiravam fotos do ônibus dentro da casa para se respaldar num possível processo de indenização judicial.

Polícia