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Oito municípios paraenses estão na lista dos mais violentos do país, segundo o Ipea

Os dados serão utilizados para orientar o Ministério da Justiça e da Segurança Pública (MJSP) em relação ao Programa Nacional de Enfrentamento de Homicídios e Roubos

O Liberal (com informações do Ipea)

Os municípios de Altamira, Ananindeua, Belém, Castanhal, Marabá, Marituba, Parauapebas e Redenção aparecem na lista das 120 cidades mais violentas do país, segundo levantamento divulgado nesta quarta-feira (23) pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).

Os dados serão utilizados para orientar o Ministério da Justiça e da Segurança Pública (MJSP) em relação ao Programa Nacional de Enfrentamento de Homicídios e Roubos, que tem como objetivo combater a violência urbana, ao articular iniciativas de prevenção e repressão à criminalidade, nas áreas que concentram as maiores taxas de homicídios no território nacional.

De modo a organizar a ordem de entrada dos municípios no programa, o indicador produzido pelos pesquisadores do Ipea prioriza os 120 municípios com maiores números de homicídios dolosos entre 2018 e 2020, segundo os dados do Sistema Nacional de Informações de Segurança Pública (Sinesp). O instituto propôs duas formas alternativas de classificar os municípios.

A primeira atribui uma nota geral, com base na média anual de homicídios e na taxa dessa média por 100 mil habitantes entre 2018 e 2020. Desse modo, dentre os 15 municípios mais violentos, Altamira aparece em 12º lugar e Marabá em 15º.

“A ordenação dos municípios por essa nota geral trata de forma complementar o número e a taxa de homicídios. Ao dar um peso maior aos municípios com maiores taxas de homicídios, garante que o programa comece nos locais em que a situação é mais grave”, explicam os pesquisadores do Ipea Danilo Coelho, Alexandre Cunha, Henrique Alves e Erivelton Pires Guedes, autores do estudo.

A segunda forma de classificar os municípios é baseada apenas na taxa média de homicídios dolosos entre 2018 e 2020. Nesse caso, entre os 15 municípios com taxas mais altas de violência, Altamira aparece na 8ª posição e Redenção em 15º lugar.

“A ordenação pela nota geral torna mais rápida a redução do homicídio total na medida em que o programa seja bem sucedido e avance, enquanto que a ordenação pela taxa garante prioridade para os municípios em que o problema é mais grave”, esclarecem os pesquisadores.

A Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (Segup) divulgou nota se posicionando sobre os dados do Ipea, destacando que o estudo usou como base todas as 120 cidades apontadas como as mais violentas no ano de 2017, o que não refletiria necessariamente um cenário atual.  

O órgão informou ainda que, o fato de somar com os registros dos anos de 2018, um dos piores anos da linha histórica, fez com que os municípios do Pará fossem inseridos no estudo, ao lado de Curitiba (PR) e Florianópolis (SC), por exemplo. 

O próprio Ipea, segundo a Segup, aponta redução no número de homicídios nos anos de 2019 e 2020 nas oito cidades paraenses, "sendo esses os melhores anos da segurança pública no Pará, que obtêm as maiores reduções da criminalidade". Anda conforme a pesquisa, ao comparar o número de homicídios registrado nos anos de 2018 e 2020 é possível apontar reduções de 37% em Altamira, 77% em Ananindeua, 65% em Belém, 62% em Castanhal, 47% em Marabá, 69% em Marituba, 20% em Parauapebas e 35% em Redenção. Todas as cidades, reitera a Segup, continuam mantendo redução desses índices na comparação com os dados de 2019 e 2020. 

A Segup informou também que desde o ano de 2019 diversas ações estão sendo feitas para reduzir a criminalidade tanto na região Metropolitana de Belém quanto no interior do Estado, a exemplo do programa Territórios pela Paz (Terpaz), o projeto Segurança Por Todo o Pará, ações como a Polícia Mais Forte e os investimentos realizados com a aquisição de lanchas blindadas, construção de bases fluviais integradas e o Centro Integrado de Comando e Controle (CICC). 

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