MENU

BUSCA

​Jovem baleada por PM, no Guamá, apresenta melhoras e reage bem à cirurgia

Catharina Kethellen da Silva Palmerin, 24 anos, permanece internada e sem previsão de alta

O Liberal

A estudante de enfermagem Catharina Kethellen da Silva Palmerin, 24 anos, apresentou melhoras em seu quadro de saúde e reage bem à cirurgia a que foi submetida na última quinta-feira (7). A informação foi repassada à reportagem de O Liberal pela irmã da jovem, Débora Palmerin, que informou também que Débora aind​a está com a bala alojada e, por este motivo, poderá ser submetida à terceira cirurgia. Ela não tem previsão de alta.

Catharina foi baleada na barriga durante uma​ tentativa de abuso sexual, na tarde do último dia 3, em uma parada de ônibus, no bairro do Guamá, em Belém. O principal suspeito é um sargento da Polícia Militar do Pará, identificado como Arthur dos Santos Júnior. Ele está preso desde a data do ocorrido e já foi indiciado pelo crime de tentativa de homicídio qualificado.

image O principal suspeito do crime é um sargento da Polícia Militar do Pará, identificado como Arthur dos Santos Júnior. (Reprodução/ Redes sociais)

“Em 7 dias essa é a primeira vez que tenho boas notícias. Ela está reagindo bem à segunda cirurgia de emergência que fez na quinta (7/9). Ainda com um tubo nasogástrico, sem previsão de alta e com a bala ainda alojada. Mas é um dia de cada vez e hoje (domingo) foi de vitória”, contou Débora, ao acrescentar que Catharina ainda está sob efeito de remédios, sendo monitorada pela equipe médica do hospital em que está internada.

Sobre a bala que ainda está alojada, Débora explica que o projétil está numa região muito sensível. “Que neste momento seria muito perigoso mexer. Vamos ter que aguardar e ver a reação do corpo dela, ou seja, é cogitada uma terceira cirurgia”, contou.

“O estado é delicado e ela está sendo monitorada de perto pelos médicos hora a hora, mas reagindo bem”, acrescentou Débora.

Pedido de justiça

Na sexta-feira (8), familiares e amigos de Catharina realizaram um ato por justiça para a jovem e pelo fim da violência contra a mulher. A manifestação se concentrou em frente à parada de ônibus onde a estudante de enfermagem foi atacada pelo policial militar. Participantes carregavam faixas e cartazes que diziam: "Mexeu com uma, mexeu com todas", "Importunação sexual é crime. Respeitem a vida das mulheres", "Pela vida das mulheres, justiça por Catharina" e "Não à violência contra as mulheres".

Na próxima quarta-feira (13), uma nova mobilização deverá ocorrer. Desta vez, em frente ao prédio da Assembléia Legislativa do Estado do Pará (Alepa).

Polícia