Integrante de facção que torturou adolescente no bairro de Fátima é presa
Depois de ser esfaqueada, jovem ainda se jogou no canal para tentar escapar das agressoras
Depois de ser esfaqueada, jovem ainda se jogou no canal para tentar escapar das agressoras
Adryne Almeida de Oliveira, de 22 anos, foi presa na manhã desta quinta-feira (23), na passagem Boa Ventura da Silva, bairro de Fátima, em Belém. Contra a jovem, havia um mandado de prisão preventiva decretado pela Justiça, com ela sendo acusada de ter participado na tortura e tentativa de homicídio contra uma adolescente de 16 anos, no dia 08 de outubro de 2019. Segundo a Polícia Civil, a motivação para o crime seria que por a vítima ter sido acusada de envolvimento com milicianos do bairro de Fátima, o que desagradou a acusada, já que ela tem ligações com facções criminosas.
Além de Adryne, Leonilda Erian Marques Tenório, conhecida como “Bebeca”, e Joice Gabriele Lima da Costa, conhecida por “Gabi”, também teriam participado da sessão de tortura. Durante o cumprimento do mandado de prisão, foi autorizado também pela Justiça a busca e apreensão nas residências das acusadas, com o objetivo de localizar as imagens gravadas das torturas praticadas contra a adolescente. A Polícia Civil já havia conseguido obter um pequeno trecho de gravação onde visualizavam parte da tortura que a vítima foi submetida.
Responsável por presidir as investigações, o delegado Márcio Adriano Cavalcante explica, que Adryne, em companhia de Leonilda e Joice Gabriele premeditaram o homicídio, conduzindo a adolescente para uma casa, onde ficaram consumindo drogas e depois, já na rua, agrediram-na com chutes e pontapés, além de lesioná-la com várias golpes desferidos com uma faca de cozinha. Em seguida, as agressoras cortaram o cabelo da jovem e a torturam psicologicamente, sendo a ação toda gravada pelo celular de Adryne.
Segundo o delegado, ao ser novamente esfaqueada pelas acusadas, ela se jogou no canal da rua Três de Maio, e depois correu para a rua Diogo Móia. Contudo, a adolescente foi novamente alcançada pelas agressoras. “Já bastante abalada, a menor, num ato de desespero, se jogou da ponte e em seguida fingiu-se de morta, conseguindo assim escapar das acusadas” enfatizou o delegado da Seccional Urbana de São Brás.
As outras acusadas, com prisões preventivas decretadas, não foram localizadas em seus endereços, todavia a Polícia Civil prosseguirá em diligências com o objetivo de prender as demais envolvidas nesse crime.