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Incêndio destrói kitnet na avenida João Paulo II em Belém; vídeo

Ocorrência foi por volta de 18h desta quarta-feira (29). Ninguém estava no apartamento quando o fogo começou.

Valéria Nascimento

Um incêndio atingiu um prédio no início da noite desta quarta-feira (30), na avenida João Paulo II, quase na esquina da travessa Antônio Baena, no bairro do Marco, em Belém. Segundo o Corpo de Bombeiros, o fogo destruiu uma kitnet por completo, mas não afetou a estrutura da edificação de três andares, nem os imóveis vizinhos. Ao todo, o local abriga seis kitnets, incluindo o que pegou fogo. 

O tenente bombeiro Aloísio Araújo informou que ninguém se feriu. O kitnet que pegou fogo era ocupado por Marilene, de cerca de 65 anos de idade, assim foi identificada a moradora do local. Ela havia saído de casa no momento em que as chamas iniciaram. Ao voltar, a a senhora se deparou com a casa em chamas e precisou do amparo de vizinhos. O compartimento destruído fica na parte da frente do terceiro andar do prédio.

Marilene perdeu móveis e eletrodomésticos como uma televisão e um ar-condicionado. Ela não quis falar com os jornalistas, mas comentou que estava aliviada porque a cachorrinha de estimação foi resgatada. "Ela é minha companheira, nunca me abandonou nem na pandemia", disse, segurando o animal com as mãos trêmulas enquanto estava sentada no pátio de um salão de beleza na companhia de moradores.


PRÉDIO INTERDITADO

O prédio foi interditado pelo Corpo de Bombeiros. Os moradores das outras kitnetes teriam de conseguir outros locais para dormir nesta noite de quarta-feira. O tenente bombeiro Aloísio considerou que, possivelmente, o fogo foi causado por um curto circuito na rede elétrica externa ou interna, do apartamento de Marilene, mas só um laudo técnico vai precisar a causa exata, ponderou o oficial.

As seis kitnets são padrão, têm sala/cozinha, um quarto e um banheiro. "Nós vimos possíveis dois focos ou no recebimento da energia elétrica externa ou dentro do apartamento, uma vela acesa ou qualquer outro objeto aceso que tenha procodado faíscas, mas isso visualmente falando. Não foi confirmado nada, só o laudo técnico vai precisar", afirmou o oficial Aloísio.

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Os bombeiros disseram ainda que o apartamento atingido tinha livros e o forro de PVC, o que facilitou a rápida propagação das chamas. De acordo com o oficial, a corporação foi acionada por moradores de outras quitinetes do prédio e também das casas ao lado. Eles perceberam a fumaça e chamaram os bombeiros pelo Ciop.

O tenente Aloísio Araújo liderou uma equipe com sete homens e duas viaturas de incêndio, mas só uma trabalhou no combate ao incêndio. Também estiveram presentes agentes da Semob, orientando o trânsito na avenida João Paulo II, que ficou bastante congestionado, pois nesta noite havia jogo do Paysandu, na travessa Curuzu, próxima do acidente. A PM também colaborou com os trabalhos.

"Quando eu cheguei, eu estacionei meu carro e um rapaz do outro lado da rua sinalizou que o prédio estava pegando fogo", contou o morador da casa ao lado do prédio incendiado, o servidor público estadual, Alberto Souza, que conhece dona Marilene e afirmou que ela gosta de cozinhar, fazer crochê e por vezes sai. Ele contou que ela saiu pouco antes do apartamento pegar fogo. 

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A autônoma, Madalena Pereira Correia, vende refeições no Mercado de São Brás e é vizinha há três anos de dona Marilene, no mesmo andar. "Eu moro do lado dela, que já mora aí há 10 ou 11 anos. Como ela e eu somos sozinhas, nós somos assim-assim. Ela dorme toda tarde. Eu achei que ela pudesse estar dormindo", contou Madalena, que foi quem salvou a cachorrinha da amiga e vizinha.

"Quem viu tudo foi minha filha, que veio me visitar hoje. Ela disse que viu a luz piscando e em seguida a fumaça entrou pelo nosso apartamento, nós descemos assustadas ainda bem que dona Marilene não estava mais e eu salvei a cachorrinha", afirmou Madalena Correia.

Polícia