Homem é linchado após matar cadeirante e ferir outras quatro com gargalo de garrafa, na Pratinha
Testemunhas afirmam que o agressor teve um surto psicótico e saiu atacando as pessoas na rua aleatoriamente
Reginaldo Brígida Belém, de 31 anos, matou uma pessoa e feriu outras quatro usando um gargalo de garrafa, após ter um surto psicótico enquanto consumia bebida alcoólica. Após cometer os crimes, foi espancado até a morte, na tarde deste domingo (11), Dia dos Pais, na rua Cupuaçu, no bairro da Pratinha, em Belém.
De acordo com a Polícia Militar (PM), testemunhas afirmaram que os crimes aconteceram por volta de meio dia, quando os moradores ouviram os gritos das vítimas, que foram atacadas aleatoriamente.
O agressor estava bebendo na calçada de uma casa, localizada na Rua São Vicente de Paula, acompanhado de Ivic Gemac Duarte, de 30 anos, quando quebrou uma garrafa de vidro e golpeou o colega no pescoço. Após a agressão, ainda segundo testemunhas, Reginaldo saiu da casa e teria golpeado um cachorro até a morte, o que não foi confirmado pela PM.
Depois, Reginaldo seguiu pela rua 25 de agosto, onde encontrou Clemi da Silva Trindade caminhando e o agrediu com socos, chutes e golpes de garrafa. Então, o agressor entrou na rua Cupuaçu e avistou a casa da família Pereira, que estava com o portão aberto.
Agressor foi linchado por populares
Para interromper as agressões, moradores da vizinhança revoltados entraram na casa e espancaram o agressor até a morte.
Segundo o IML, o corpo de Reginaldo foi encontrado com várias lesões na região posterior da cabeça, causadas por objetos pesados, como pedaços de madeira e martelo, provavelmente feitas pelos moradores enquanto ele ainda atacava outra pessoa.
Os corpos de Reginaldo Belém e Conceição Pereira foram removidos por volta das 16 horas.
Os feridos foram socorridos pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e levados ao Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência (HMUE), em Ananindeua.
Ivic Gemac Duarte encontra-se em estado grave, com perfurações profundas na área do pescoço, e não há informações sobre o estado de saúde das outras vítimas.
Crime inesperado
Uma testemunha, que não quis se identificar, disse que estudou com Reginaldo Brígida Belém quando era criança, e que ele era uma pessoa calma e tranquila, que nunca havia se envolvido em nenhuma briga.
"Fiquei muito surpresa, foi um choque enorme, porque ele era uma ótima pessoa", disse a testemunha. "Sinceramente, eu não sei explicar como isso aconteceu. Só pode ter sido um surto", opinou.
A testemunha disse ainda que Reginaldo trabalhava no Ver-o-Peso, com venda de peixes.
Consultada, a PM confirmou que Reginaldo não possuía antecedentes criminais e que era morador da passagem Bianca, também na Pratinha.