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Grupo ocupa novamente fazenda após menos de 72 horas do cumprimento de reintegração de posse

Seis pessoas foram presas em flagrante

Redação Integrada

Pessoas que integram o movimento Sem-Terra teriam invadido novamente a Fazenda Três Lagos, na zona rural de Rondon do Pará, após terem sido retirados do local a menos de 72 horas em cumprimento de reintegração de posse lavrado pela Vara Agrária de Marabá. De acordo com a Polícia Civil, a Delegacia de Conflitos Agrários precisou intervir no caso, após receber a denúncia de invasão do local após a reintegração. A denúncia, segundo a polícia, também falava sobre constrangimento ilegal e ameaça contra os proprietários da Fazenda.

Diante da situação, caracterizada pela polícia como um caso de conflito agrário, a Delegacia de Conflitos Agrários (DECA), com apoio do SIME/MBA, deflagrou a operação "Lagos", deslocando três equipes para o local. Ao chegarem na fazenda, os policiais constataram a reocupação por cerca de 50 integrantes do movimento.

Segundo a polícia, quando as viaturas se aproximaram, três pessoas do grupo foram vistas armadas fazendo a segurança do acampamento. Uma perseguição iniciou e os três, identificados como José Ribamar de Oliveira, Welton Trindade de Sousa e Ednilson Paixão dos Santos, foram presos e responderão por porte ilegal de arma de fogo, desobediência à ordem judicial e esbulho possessório.

As outras equipes entraram na área da fazenda e, nesse momento, segundo a polícia, integrantes do movimento foram vistos em fuga. Uma nova perseguição se iniciou e foram presos em flagrante outras duas pessoas: José Rodrigues de Sousa Neto e Adão Alves da Silva, também por porte ilegal de arma, desobediência à ordem judicial e esbulho possessório.

Durante a fiscalização no galpão onde se concentrava a maior parte do grupo, os policiais encontraram uma mochila que seria de José Newton Viana da Silva, onde estava escondida uma arma tipo rajada com 21 munições calibre 28. O dono da mochila recebeu voz de prisão por porte ilegal de munição, desobediência à ordem judicial e esbulho possessório. Também foram apreendidas durante as buscas quatro armas de fogo e outras munições.

De acordo com a Polícia Civil, após as prisões e apreensões, "a autoridade policial reuniu com os outros integrantes do movimento e iniciou a mediação com o objetivo de esclarecer a situação flagrancial de esbulho e desobediência que todos ali se encontravam". "Após cerca de três horas e meia de negociações, a DECA conseguiu convencer os integrantes do movimento a desocuparem a propriedade rural de forma pacífica", completa o relatório, que informa ainda que a operação, que iniciou às 06h de terça-feira (26), foi finalizada às 00h30 de quarta-feira (27), após condução dos presos em flagrante e tomada das demais medidas cabíveis.

Polícia