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Estudante é encontrado morto com sinais de espancamento 

Polícia deteve um suspeito, familiares ajudam nas buscas de informações para o esclarecimento do homicídio 

Redação Integrada

Um jovem, Ramon Alves dos Santos, de 27 anos, foi encontrado morto nesta quarta-feira (3) com sinais de espancamento pelo corpo, em Salvaterra, no Marajó. A polícia prendeu um suspeito, que nega envolvimento.

"Um sobrinho querido, ele estava concluindo o curso de Geografia, e fazia o trabalho final sobre os impactos do desmatamento na agricultura. O pai dele é funcionário público, e também, trabalha com roça, ele, também, ajudava o pai. Ele se virava'', descreveu, nesta noite de quinta-feira (4), Jorge Alves, tio da vítima.

Natural de Salvaterra, Ramon morava com a mãe e um casal de irmãos (ao todo, ele tinha três irmãos) na área rural do município, distante a 3,5 km da cidade. Ele era formado em assistência social, por uma faculdade particular, e concluía o curso de Geografia pela Universidade Federal do Pará (UFPA).

Na noite do crime, nesta terça-feira (2), a vítima estava em casa, estudando com mais três colegas, no formato online, quando decidiu sair. "Eu vou ter que sair um instante'', disse a uma das duas irmãs. 

Na saída de casa, um homem esperava Ramon em uma motocicleta, a vítima subiu na garupa e a partir de então ninguém soube mais dele. A polícia prendeu um suspeito, no entanto, o homem nega. A polícia ainda mantém o suspeito como custodiado.   

"Ele dizia que queria fazer o mestrado, era alegre, carinhoso. Vivia rodeado de amigos'', contou o tio, Jorge Alves, que trabalha como locutor da Rádio Salvaterra FM, e tem recebido informações de moradores da cidade sobre as últimas horas de Ramon. "Todos querem nos ajudar de alguma forma'', disse Jorge Alves. 

O tio contou ainda que recente o sobrinho foi escolhido para secretariar o movimento LGBT no município marajoara. A polícia informou a família que Ramon, provavelmente, foi morto antes da meia-noite da última terça-feira (2) e, acredita-se que mais de uma pessoa participou do homicídio.

Familiares e a polícia não imaginam que uma única pessoa poderia imobilizá-lo com facilidade, porque ele era uma pessoa forte.

"Infelizmente, não há serviço do Instituto Médico Legal (IML), por isso, não foi possível, a gente saber a hora certa em que ele foi assassinado e até mesmo o que foi usado para cortar o pescoço, à esquerda, conforme o corpo apresentava uma perfuração'', queixou-se Jorge Alves. "Ele tinha sinais de espancamento com pedaço de madeira na cabeça, também'', acrescentou o tio. 

 Para a família, Ramon pode ter sido vítima de um crime passional ou mesmo de vingança, inveja e homofobia. "Tudo passa pela nossa cabeça. A polícia está trabalhando, o delegado até foi à casa de minha irmã''.

"É possível que Ramon não quisesse um relacionamento amoroso com quem o matou ou mesmo na noite de terça, ele tenha se desentendido com essa pessoa, que o buscou em casa de moto. Mas estamos atrás de tudo. E estamos perto de descobrir o que aconteceu'', assegurou o tio, informando que o sobrinho foi sepultado na tarde desta quarta-feira, no Cemitério Municipal São Pedro, em Salvaterra.

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