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Aluno de Direito é acusado de agredir ex-namorada com tapa, empurrão e xingamentos

Ramon Aviz nega as acusações de violência. Vítima diz que agressões ocorreram domingo

Redação Integrada

A estudante universitária de uma instituição pública, em Belém, Hadrya Maria Viana Lopes, registrou queixa de crime de lesão corporal dolosa na Divisão Especializada no Atendimento à Mulher (Deam) onde acusa ter sido agredida pelo estudante de Direito Ramon Aviz, no último domingo (10), em Belém.

Ex-namorada do suposto agressor, a jovem afirma no boletim de ocorrência que recebeu um tapa no rosto que teria lesionado sua boca. Segundo seu relato, ela também teria sofrido violência verbal e ameaça psicólogica, durante um encontro do casal para almoçar e conversar.

A Redação Integrada entrou em contato com Ramon Aviz, nesta manhã. Ele negou as acusações de violência doméstica, e garantiu que vai processar a ex-namorada por crime de calúnia e danos morais. (Ver abaixo).  

De acordo com Hadrya, o casal namorou dois anos e se separou em 27 de outubro de 2019, ou seja, há menos de um mês. No último sábado (9), a jovem conta que foi a uma festa com amigos e isso teria irritado Ramon, que a procurou no dia seguinte para conversarem, almoçando juntos.

Segundo o boletim de ocorrência registrado por Hadrya, Ramon a teria buscado casa de uma amiga. As agressões ocorreram durante a viagem dentro do carro do universitário, que faz o 1º semestre do curso de Direito, numa faculdade particular da capital paraense.

Hadrya enfatiza que aceitou o convite para o almoço porque achava que ele estava conformado com o término da relação. Ela diz também que, como não tem familiares em Belém, durante o namoro costumava passar pequenas temporadas na casa do rapaz.

Conforme relata o BO, Ramon estava aparentemente tranquilo, mas passou a questionar sobre a festa da noite anterior e a agredir Hadrya verbalmente, com palavras de baixo calão, como ''vagabunda'' e ''safada''.

Segundo o relato de Hadrya, ele teria a empurrado contra o vidro da janela do carro, como se quisesse expulsá-la do carro em movimento. Deu-lhe um tapa que estourou o lábio superior por dentro. Ela chorou e pediu que ele parasse as agressões.

A vítima ainda fez uma ligação para uma amiga, e quando Ramon ouviu a conversa, tratou de pedir desculpas, tomou o aparelho celular e a deixou na casa da amiga dela. A universitária ainda diz no BO que essa não foi a primeira vez que Ramon a agrediu fisicamente. Segundo Hadrya, ele sempre pedia desculpas depois, prometendo que mudaria de comportamento. Mas após isso, sempre repetia tudo de novo.

Segundo a jovem, em momentos de violenta emoção, Ramon costuma dizer: "Quando eu estiver com raiva falando, você tem de ficar calada para eu não me aborrecer, assim eu não vou te agredir''. Essa é a frase que encerra o BO.

 

Ramon Aviz nega a acusação de violência doméstica

A Redação Integrada de O Liberal conversou com Ramon Aviz nesta manhã de quarta-feira (13). Ele não apenas negou todas as acusações, como inverteu a situação, afirmando ser vítima de uma situação abusiva e de violência física e moral por parte de Hadrya.

Ele assegurou que já constituiu advogados e vai processar judicialmente a ex-namorada pelos crime de calúnia e danos morais. Ramon contou que há pedidos de colegas de Hadrya à direção da faculdade dele para que seja expulso do curso de Direito.

"Estou apenas esperando a intimação policial para dar entrada na ação judicial'', afirmou Ramon, que disse também ser formado em Administração, nos Estados Unidos, no ano de 2017, e que só voltou para Belém para assumir as empresas do pai dele, tendo ingressado no curso de Direito numa faculdade privada de Belém, neste segundo semestre do ano.

Segundo Ramon Aviz, Hadrya é quem nunca aceitou a separação e o procura sistematicamente. A própria mãe da jovem liga para ele pedindo para ele reatar o namoro, temendo que a filha dela faça alguma bobagem, contou.

"A mãe dela vive me ligando, diz que a filha só chora. Eu não gosto de causar tristezas, por isso, aceitei conversar no domingo. Eu não agredi. Não sou agressor. Ela sim já me bateu outras vezes, tenho tudo registrado em prints que fiz de mensagens (por aplicativos) e isso tudo já está com meus advogados", garantiu o jovem empresário.

"Se eu tivesse batido nela, ela não teria ficado com uma lesão leve na boca e só. A gente poderia sofrer um acidente grave, ela puxou o volante, veio para cima de mim, dentro do carro. Nessa hora, segurei o volante e meu movimento pegou no rosto dela, foi tudo involuntário. Vou provar'', contou Ramon Aviz, afirmando ter sofrido diversos ataques de fúria da universitária.

Polícia