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Dono de depósito clandestino de manipulação de agrotóxicos é preso em Marabá

Os produtos representam sérios riscos para o meio ambiente e a saúde humana

Maiza Santos / Especial para O Liberal

Um homem, que não teve a identidade informada, acabou preso em flagrante pela Polícia Civil após ser apontado como proprietário de um depósito clandestino de agrotóxicos. A autuação ocorreu na última quinta-feira (5), durante ações da “Operação Venom”, deflagrada no município de Marabá, no sudeste do Pará. Segundo as autoridades, durante as investigações ficou comprovado que o homem estaria realizando a produção, armazenamento, tratamento e descarte irregular de agrotóxicos.

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Devido à complexidade da ação, a Polícia Civil contou com o apoio da Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará (Adepará), da Secretaria de Estado e Meio Ambiente de Marabá, do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Pará e da Polícia Científica. Conforme informações da PC, a investigação sobre o caso teve início após denúncias sobre o crime, que ocorria em um estabelecimento da Rua d8, do bairro Cidade Jardim. Quando os agentes chegaram no local, encontraram uma grande quantidade de produtos químicos altamente tóxicos, que não haviam sido liberados pelas autoridades para a manipulação no local. Além disso, também havia diversos galões vazios, que estavam sendo utilizados e descartados de maneira inadequada, representando sérios riscos para o meio ambiente e a saúde humana.

De acordo com os policiais que participaram da ação, além da alta quantidade de  agrotóxicos, foram encontrados no galpão sais minerais, calcários que estavam sendo utilizados no fracionamento e na produção irregular de pesticidas. Nas buscas, os agentes ainda encontraram rótulos falsificados, que visavam enganar potenciais compradores e legitimar a atividade criminosa.

Após o flagrante, o proprietário do local foi conduzido à Seccional Urbana de Marabá e segue à disposição da justiça.

Crime 

A produção, acondicionamento e descarte dos herbicidas de forma irregular configura crime ambiental e pode causar prejuízos à fauna, flora e à saúde humana. O material apreendido, em virtude de sua toxicidade, foi encaminhado a uma associação competente para tratamento e descarte adequado.

Polícia