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Comunidade que ocupa terreno na João Paulo II é comunicada que precisa deixa a área

O terreno, que fica no bairro da Guanabara, limite entre Belém e Ananindeua, pertence ao Ideflor-Bio. Cerca de 100 famílias estão na área.

Camila Azevedo

Aproximadamente 100 famílias ocuparam um terreno que fica na área expandida da avenida João Paulo II, sentido Guanabara - Marco, há cerca de quatro meses. A população deu o nome de comunidade "Novo Lar". Na manhã desta segunda-feira (19), a Polícia Militar foi ao local para comunicar que o loteamento deveria ser desfeito e os ocupantes deveriam sair. A área, destacaram os policiais, pertence ao Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade do Estado do Pará (Ideflor-Bio).

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Os lagos Bolonha e Água Preta ficam próximos do local ocupado. Esses são os grandes distribuidores hídricos que atendem a Região Metropolitana de Belém, alcançando cerca de 70% dos moradores. Em nota, o instituto informou que faz a gestão da zona e que houve destruição ambiental. “... registrou boletim de ocorrência (BO), na sexta-feira (16/09), quanto à invasão de terreno nas proximidades do Parque Estadual do Utinga 'Camillo Vianna'. Trata-se de uma Área de Proteção Ambiental, e está sendo alvo de invasão e instalação de moradias irregulares, com o corte de árvores e da vegetação”

Vanessa Grangeiro, gerente em exercício do Ideflor-Bio, explicou que a ocupação desordenada traz muitos riscos ambientais, inclusive sobre a questão do abastecimento de água. “Nós tínhamos um fragmento florestal aqui, com árvores e vegetações. A ocupação coloca em perigo o nosso manancial de água, que está há 150 metros daqui. Como não tem uma estrutura, vai infiltrar no solo e gerar a contaminação, podendo influenciar no lençol freático da região”, afirma a gestora.

Adria Martins, advogada e representante da comunidade “Novo Lar” orientou os ocupantes e pediu mais tempo às autoridades para que haja a retirada do material, tendo em vista que muitos, de acordo com ela, não possuíam casa própria. “Se não for possível esse tempo um pouco maior para eles, vamos ter que os representar frente ao Ministério Público para ver essa situação, porque eles estão sem propriedade, não tem para onde ir”, ressaltou. 

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