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Caso Clívia: familiares relatam medo de testemunhas darem depoimento e dificuldades de respostas

Clívia Viana, 32 anos, foi encontrada morta no dia 7 deste mês dentro do apartamento que morava com o companheiro e policial militar, Warner Silva Cabral, em Cametá, nordeste paraense.

O Liberal

Familiares de Clívia Viana, 32 anos, relataram à redação integrada de O Liberal nesta terça-feira (24) dificuldades em conseguirem pistas e atualizações sobre o caso. Clívia foi encontrada morta, com um tiro na cabeça, no dia 7 deste mês dentro do apartamento onde morava com o companheiro e policial militar, Warner Silva Cabral, em Cametá, nordeste paraense. A polícia diz que Clívia teria tirado a própria vida, mas a família dela não acredita nisso.

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Uma parente da vítima, que terá o nome preservado, disse que o motivo pela falta de respostas e o medo de testemunhas darem depoimento é por conta de Warner ser irmão do comandante da Polícia Militar de Cametá. 

Uma vizinha de Clívia teria informado aos parentes ter visto três policiais adentrando no imóvel, quando a mulher morreu. Gritos de socorro da vítima foram ouvidos por outros residentes.

“Uma vizinha está com muito medo de depor, por conta do irmão dele (Warner) ser comandante da PM. A moradora disse para nós que viu três policiais entrando na casa dela, no momento que a Clívia morreu. Outra vizinha contou que ouviu a Clivia gritar por socorro e pedindo que Warner se afastasse. Tentamos entrar no apartamento depois que ela morreu, até mesmo com a presença do delegado, mas não deixam”, relatou a familiar. 

Para os parentes, Clívia e Warner tinham uma relação boa, mas essa aparência deixou de ser verdade depois que ela morreu. Amigos e pessoas próximas relataram à família que presenciaram agressões por parte de Warner contra a companheira.

“Achávamos que a relação deles era muito boa. Nunca vimos ele fazendo nada de ruim contra a Clívia. Depois que ela morreu, várias pessoas começaram a dizer para nós que flagraram ele (Warner) agredindo ela fisicamente e verbalmente em locais públicos e até em festas. Só descobrimos a verdade depois de tudo isso”, disse. 

Clívia estava grávida, mas não havia comentado aos familiares. Ela iria viajar para a cidade de Limoeiro do Ajuru, para visitar a mãe e contar sobre a gestação, mas morreu no mesmo dia. A mulher deixou um filho de 11 anos.  

A previsão é de que o laudo sobre a morte da vítima seja divulgado nas próximas semanas.

A reportagem solicitou detalhes sobre as investigações do caso à Polícia Civil e aguarda retorno. 

 

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