Cabo Leno é condenado a seis anos de prisão pela Justiça Militar
Ele também é acusado de participação na chacina ocorrida em janeiro de 2017, que vitimou 28 pessoas em vários bairros de Belém
O ex-policial militar Heleno Arnaud Carmo de Lima, conhecido como Cabo Leno, acusado pelo Ministério Público do Estado (MPE) de participar da chacina ocorrida em janeiro de 2017, em Belém, foi condenado, nesta quinta-feira (29), a seis anos de reclusão em regime fechado pelo crime de concussão, que consiste em exigir vantagem indevida em razão da função pública que se exerce. No caso, o cabo Leno cobrava das pessoas até R$ 15 mil para não serem mortas.
Ele também é acusado de participação na chacina ocorrida em janeiro de 2017, que vitimou 28 pessoas em vários bairros de Belém. O promotor de Justiça Militar Armando Brasil Teixeira atuou no julgamento e vai analisar se recorre da sentença para o aumento da pena.
No mesmo julgamento, o soldado Reutman Coelho Spindola foi absolvido por insuficiência de provas. Ele também havia sido denunciado pelo Ministério Público do Estado, mas em razão do não comparecimento das testemunhas de acusação, que não foram localizadas, a Promotoria Militar pediu a absolvição do soldado.
A chacina de 2017, na capital paraense, ocorreu após a morte do policial militar Rafael da Silva, soldado da Ronda Tática Metropolitana (Rotam), que estava na perseguição a suspeitos de assalto. Na troca de tiros, Rafael foi atingido na cabeça e levado para o Hospital Metropolitano, mas não resistiu aos ferimentos.