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Sinjor-PA repudia agressão a jornalista Wesley Costa por prefeito de Parauapebas durante COP30

Entidade afirma que violência contra jornalistas ameaça a democracia e exige punição ao prefeito de Parauapebas após agressão na COP30

O Liberal

Sindicato dos Jornalistas do Pará (Sinjor-PA) divulgou na noite desta sexta-feira (14), uma nota de repúdio contra o prefeito de Parauapebas, Aurélio Goiano (Avante), após o gestor público agredir fisicamente o jornalista Wesley Costa nas imediações da COP30, em Belém. O episódio, considerado gravíssimo pelo sindicato, ocorre em um evento internacional que deveria simbolizar o diálogo, a transparência e o compromisso com a democracia.

“É inaceitável que a COP30, um espaço que deveria ser democrático, seja palco de violência contra jornalistas, contra a liberdade de imprensa e o livre exercício profissional do jornalismo”, afirma o texto da entidade.

O Sinjor-PA reforça que não é possível discutir justiça climática e sustentabilidade enquanto profissionais da imprensa seguem sendo alvo de políticos que perpetuam práticas autoritárias e antidemocráticas. Segundo o sindicato, episódios como esse demonstram o quanto oligarquias regionais ainda reproduzem práticas coronelistas e colonialistas no Pará e na Amazônia como um todo.

Além de manifestar solidariedade ao jornalista Wesley Costa, o Sinjor também informou que colocou à disposição do profissional sua assessoria jurídica, para que as medidas legais cabíveis sejam adotadas.

A entidade cobra, ainda, que o sistema de segurança pública do Estado e a Justiça tomem as devidas providências e encaminhem responsabilização penal do prefeito Aurélio Goiano. Também exigem que a Câmara Municipal de Parauapebas abra processos administrativos disciplinares por quebra de decoro.

“A responsabilização do prefeito se faz necessária e urgente, uma vez que os ataques do citado gestor a comunicadores é uma prática corriqueira, que não pode ser normalizada nem naturalizada, sob risco de ameaçar a própria democracia”, reforça o sindicato.

O caso gerou ampla repercussão entre profissionais da imprensa paraense e ocorre justamente durante a realização da Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30), que coloca Belém no centro do debate climático global e deveria, segundo o Sinjor, garantir também liberdade de expressão, direitos humanos e respeito às instituições democráticas.