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Rapaz é morto a tiros e cai dentro do canal da Vileta

Um carro preto se aproximou da vítima que estava próximo ao canal da Vileta e efetuou alguns disparos

Redação Integrada

Sem passagem pela polícia e sem envolvimento com o tráfico de drogas, segundo seus próprios pais, o jovem Vinícius Nunes, 20 anos, filho único, foi morto com cinco tiros nas regiões do glúteo, costas e lateral do tórax, por volta das 19h30 desta quinta-feira (25), quando retornava de um jogo de bola, na baixada do canal da Vileta, no bairro do Marco, seu antigo local de moradia, já que sua família agora mora no bairro de Fátima, em Belém.

Segundo testemunhas, um carro preto se aproximou do rapaz e o alvejou, derrubando-o dentro do canal. Moradores da área, onde Vinícius era conhecido, no desespero de salvá-lo o levaram para central do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), no bairro de São Brás, na travessa Castelo Branco entre as avenidas Domingos Marreiros e Antônio Barreto, mas ele já teria chegado sem vida ao local, segundo funcionários da Samu, que não quiseram se identificar.

A equipe da Samu acionou a perícia criminal e as equipes de remoção da polícia civil. O corpo da vítima foi colocado para dentro da central. Aos poucos, amigos e familiares de Vinícius começaram chegar à sede da Samu e o desespero tomou conta de todos. Houve muito choro e lamentos. A mãe e o pai do jovem estavam visivelmente em choque. 

Segundo o perito criminal Nazareno Melo, o próprio pai disse que Vinícius sempre terminava de fazer os serviços dele - o rapaz trabalhava com entrega de açaí e fazia outros pequenos serviços - ia para a área de sua antiga residência para jogar futebol com amigos. Ele foi morto quando voltava do jogo de bola. 

Experiente, o perito Nazareno Melo estranhou a quantidade de tiros dados no rapaz. "Eu achei meio esquisito pela quantidade de disparos. Foram dois na região do glúteo, um na posterior das costas e dois na lateral do tórax. É uma quantidade de tiros muito grande, para mim, ele era realmente o alvo. Não sabemos porque. O pai disse que ele era um jovem trabalhador e que só se mudou pelas más companhias do local, talvez tenha sido isso", afirmou o perito.

"Não dá para dizer que foi execução, porque a gente considera execução quando a aproximação da vítima é grande e os disparos são quase todos na cabeça. Não dá para dizer isso desta vez", acrescentou Nazareno, minutos antes de levar o corpo para análise mais aprofundada no Centro de Perícias Criminais Renato Chaves.

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