Presos em Santa Catarina são suspeitos de ordenar as mortes de policiais penais no Pará
Captura resultou de ação conjunta entre as PMs dos dois estados
Um trabalho conjunto desenvolvido pela Polícia Militar do Pará e de Santa Catarina resultou na prisao de dois elementos acusados de integrar uma facção criminosa de atuação nacional, que estariam por trás das mortes de policiais penais no Estado ocorridas este ano.
O primeiro deles foi localizado e preso na tarde desta quinta-feira (18), em Navegantes (SC), com base na troca de informações entre as duas corporações. Ele pertenceria a uma organização criminosa do Rio de Janeiro com forte atuação no Pará. E ainda na noite de ontem, dessa vez em Blumenau, outro integrante com poder de mando na facção também foi preso.
O primeiro foi seguido por agentes da inteligência e abordado por viaturas da PM em Santa Catarina, quando trafegava em um veículo na Avenida Conselheiro João Gaya, o centrom de Navegantes. Com ele foi apreendido um aparelho celular com mensagens, ocultas por aplicativos, sobre as ações da organização criminosa no Pará e no Rio de Janeiro. As mensagens demostravam ainda que ele intermediava uma aproximação para união de forças com outra organização criminosa atuante em Santa Catarina.
No celular, outras mensagens, denominadas circular, eram claramente direcionadas ao cumprimento de ordens de execução de policiais penais no Pará, cujas fotografias estavam associadas. Várias outras imagens eram de policiais mortos pela facção.
Além das provas obtidas no momento da abordagem, havia contra o suspeito um mandado de prisão expedido pela comarca de Santarém Novo, no Pará. Ele responde pelos crimes de homicídios, tentativa de homicídio, tráfico de drogas e porte ilegal de armas. A informação inicial sobre o criminoso foi repassada aos policiais catarinenses pelos agentes de inteligência da PMPA que atuam em Capanema.
Mandado
Já na cidade de Blumenau, por volta das 19h, um segundo envolvido também foi preso, com base em informações repassadas pelo Comando de Policiamento da Capital II (CPC II), sediado no distrito de Icoaraci, ao Centro de Inteligência da Polícia Militar paraense e compartilhada com a Agência Central da Polícia Militar de Santa Catarina.
O segundo homem pertence à liderança de uma facção criminosa do Rio de Janeiro e também atuava em ações criminosas no distrito de Icoaraci e na Região Metropolitana de Belém contra agentes públicos, agindo no planejamento de atentados contra policiais. O criminoso foi conduzido ao presídio de Blumenau, em Santa Catarina.
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