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Polícia fecha clínica clandestina e prende duas pessoas por maus-tratos a adolescentes em Marituba

Segundo o Conselho Tutelar, o espaço não possuía registro ou autorização junto aos órgãos competentes do município e já acumulava denúncias

O Liberal

Na manhã desta sexta-feira (5), a equipe da Divisão de Atendimento ao Adolescente (DATA) de Ananindeua, em parceria com o Conselho Tutelar II de Marituba, deflagrou a operação “Resgate”, que resultou na prisão de duas pessoas em um estabelecimento que funcionava irregularmente como clínica terapêutica, no bairro São João, em Marituba, na Região Metropolitana de Belém (RMB).

Um dos presos foi identificado como segurança da unidade e vai responder por obstrução da Justiça e resistência. A gerente do local também foi detida e deve responder pelos crimes de maus-tratos e cárcere privado.

Segundo o Conselho Tutelar, o espaço não possuía registro ou autorização junto aos órgãos competentes do município e já acumulava denúncias de maus-tratos contra adolescentes internados.

“No momento da diligência, nós fomos impedidos de adentrar no local por um segurança. Do lado de fora, era possível ouvir os gritos de socorro vindos do interior da clínica, motivo pelo qual nós solicitamos o apoio da Polícia Militar e da Guarda Municipal de Marituba. Após cerca de uma hora, nós conseguimos acessar o local pelos fundos, momento em que encontramos vários internos que relataram sobre os maus-tratos frequentes e que a alimentação, em diversas ocasiões, era servida estragada e que os dormitórios, bem como as condições gerais da clínica, eram precários”, relatou a delegada Camila Jeha, responsável pela investigação.

Ainda de acordo com a polícia, alguns internos afirmaram que eram mantidos trancados em seus quartos. O conselheiro tutelar presente na ação confirmou, junto ao Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, que a clínica não tinha cadastro ou autorização legal para acolher crianças e adolescentes.

“Diante dos fatos, nossa equipe efetuou a prisão em flagrante do segurança da clínica, pela prática do crime de obstrução à Justiça, e da gerente do estabelecimento, pela prática do crime de maus-tratos e cárcere privado. Ambos foram conduzidos para a delegacia especializada, onde foram adotadas as medidas cabíveis”, concluiu a delegada.