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PCPA prende trio por golpe da ‘falsa central de atendimento’ e causar prejuízo de R$ 30 mil

Um dos presos tem mais de 18 passagens pela Polícia Civil por crimes envolvendo fraudes e outros crimes contra o patrimônio e três passagens pela Polícia Federal

O Liberal

Três homens foram presos pela Polícia Civil do Pará na manhã de quarta-feira (1º/10), em Minas Gerais, suspeitos de aplicarem o golpe da “falsa central de atendimento” a uma mulher. O crime consiste em a vítima receber uma ligação telefônica de um numeral espelhado ao da central de atendimento da agência bancária. Segundo a PC, o prejuízo estimado à mulher foi de mais de R$ 30 mil. 

O caso ocorreu em junho de 2024. Durante a ligação, segundo a vítima, uma interlocutora se passou por funcionária do setor antifraudes da instituição e informou que o cartão dela havia sido supostamente clonado e, em razão disso, a vítima precisava fornecer seus dados e entregar o cartão magnético a um suposto policial civil para ser periciado. A vítima entregou o cartão e, assim que o homem tomou posse, efetuou diversas transações bancárias.

A delegada Maria Letícia, que coordenou e presidiu as investigações, detalha que, para cometer os crimes, os suspeitos se dividiam. "Após um ano de investigação, identificou-se a existência de uma complexa associação criminosa dividida em três núcleos: 'aliciamento', que fazia ligação telefônica e convencimento da vítima; 'execução', que realizava a retirada do cartão e realização das compras; e 'financeiro', responsável pela lavagem dos valores e fracionamento entre os membros. Isso revela o grau de especialização e permanência do grupo”, pontuou a delegada.

As equipes chegaram até os envolvidos por meio de análise de quebra de sigilo bancário, com auxílio do Laboratório de Tecnologia Contra a Lavagem de Dinheiro (LABLD). Foi identificado que o núcleo financeiro era composto por três homens, com um deles possuindo mais de 18 passagens pela Polícia Civil por crimes envolvendo fraudes e outros crimes contra o patrimônio e três passagens pela Polícia Federal — por moeda falsa, duas vezes, e falsa identidade. De acordo com as diligências, ele seria o provável articulador de toda a trama criminosa.

“Após a reunião de todos os elementos de prova, foi representada pela prisão preventiva dos indivíduos e, após o deferimento, foi realizado um levantamento dos alvos com apoio do Núcleo de Inteligência Policial (NIP). Foi viabilizado junto à Diretoria de Polícia Metropolitana e Delegado-Geral, o deslocamento de uma equipe da 10ª Seccional Urbana da Pedreira para dar cumprimento dos mandados, o que foi possível também com o apoio das equipes policiais do Departamento de Combate à Corrupção e Fraudes da Polícia Civil de Minas Gerais”, explicou o delegado Pery Netto, titular da Seccional da Pedreira. 

Para capturar os suspeitos, a Polícia Civil do Pará deflagrou a operação “Falsa Central”, que contou com o apoio do Departamento Estadual de Combate à Corrupção e Fraudes, da Polícia Civil de Minas Gerais e do Núcleo de Inteligência Policial (NIP). Após terem sido detidos e realizadas as formalidades legais, os suspeitos encontram-se à disposição da Justiça e as investigações continuam para identificar os componentes do núcleo de aliciamento e núcleo de execução do crime. Os presos responderão penalmente pelo crime de estelionato qualificado pelo uso de meios eletrônicos, associação criminosa e lavagem de dinheiro.