Operação prende 11 integrantes de organização criminosa no Pará e em mais dois estados
Segundo o delegado Vitor Fontes, os suspeitos atuavam diretamente em crimes como tráfico de drogas, extorsões e atentados contra a vida de agentes de segurança pública
A Força Integrada de Combate ao Crime Organizado do Pará (FICCO/PA) prendeu 11 pessoas preventivamente na manhã desta quinta-feira (27/11), durante a segunda fase da operação “Coalizão pela Paz”, por suspeita de envolvimento com uma organização criminosa com atuação interestadual. Vitor Fontes, delegado da Polícia Civil, que faz parte da FICCO/PA, disse que as prisões ocorreram simultaneamente nos municípios de Belém, Ananindeua, Marituba, Santa Izabel do Pará e Castanhal, em São Luís, no Maranhão, e nas cidades Joinville, Santo Amaro da Imperatriz e Timbó, localizadas no estado de Santa Catarina.
“Entre os detidos estão indivíduos apontados como responsáveis pela função de ‘disciplina’ dentro da facção, que é um grupo responsável por investigar as violações internas e aplicar punições que variavam de multas e castigos físicos até execuções, conforme previsto no estatuto da organização criminosa”, explicou ele.
A ação foi autorizada pelo desembargador Jorge Luiz Lisboa Sanches, do Tribunal de Justiça do Estado do Pará, após representação da FICCO/PA junto à Vara de Combate ao Crime Organizado de Belém e recurso interposto pelo Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (GAECO), do Ministério Público do Pará.
“As nossas investigações indicaram que o grupo atuava diretamente em crimes como tráfico de drogas, extorsões e atentados contra a vida de agentes de segurança pública e a operação só foi possível graças à coordenação entre diversas instituições estaduais e federais, bem como com a FICCO/PA e o GTF/NIP, que participaram diretamente das diligências”, continuou o delegado.
A FICCO/PA é composta pela Polícia Federal, Polícia Civil do Pará e pela Secretaria de Administração Penitenciária (SEAP), atuando como força-tarefa permanente no combate a organizações criminosas. A integração na operação foi fundamental para o êxito da operação, que representa mais um duro golpe contra a atuação de facções responsáveis por crimes graves e pela ameaça direta à segurança pública.
Os presos foram conduzidos para as unidades policiais, onde passam pelos procedimentos judiciais cabíveis e ficarão à disposição da Justiça. A Operação Coalizão pela Paz segue em andamento e novas etapas não são descartadas, conforme indicam os órgãos envolvidos.
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