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Mais de 90 prisões já foram realizadas em dois anos de Operação Curupira

A operação, em curso desde 2022, é executada de forma integrada e envolve a Polícia Militar do Pará, por meio do Comando de Policiamento Ambiental (CPA), a Polícia Civil, o Corpo de Bombeiros Militar e a Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Clima e Sustentabilidade (Semas)

O Liberal

Mais de 90 prisões em flagrante já foram efetuadas ao longo dos últimos dois anos pela Operação Curupira, coordenada pela Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Social (Segup), no enfrentamento aos crimes ambientais no Pará. A ação mais recente ocorreu nesta segunda-feira (14), no município de Uruará, no oeste paraense, com a constatação de desmatamento ilegal e a apreensão de equipamentos utilizados na atividade criminosa. Desde o início da Operação Curupira, foram registradas, além das prisões, 27 fianças arbitradas, 52 inquéritos policiais instaurados, mais de 180 intimações emitidas, 58 termos circunstanciados de ocorrência (TCOs), e apreensões que incluem 679 munições, mais de 200 armas de fogo e mais de 1.100 equipamentos utilizados nas atividades criminosas.

A operação, em curso desde 2022, é executada de forma integrada e envolve a Polícia Militar do Pará, por meio do Comando de Policiamento Ambiental (CPA), a Polícia Civil, o Corpo de Bombeiros Militar e a Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Clima e Sustentabilidade (Semas). Também participaram da ação em Uruará equipes do Batalhão de Polícia Ambiental (BPA), Batalhão de Polícia de Eventos (BPE), 38º Batalhão de Polícia Militar (BPM) e da Companhia Independente de Polícia Ambiental (Cipamb).

As guarnições se deslocaram por volta de 7h30 até uma vicinal localizada no KM-40 da Rodovia PA-370, no sentido Uruará-Santarém. Cerca de 20 quilômetros adentro, foram identificadas extensas áreas de floresta devastadas, trilhas abertas para extração de madeira e pátios de armazenamento de toras.

No local, foram encontrados um trator tipo esteira escondido na vegetação, uma engraxadeira, um soprador, uma caixa de ferramentas, duas baterias automotivas e 13,48 metros cúbicos de madeira em tora. Os equipamentos foram apreendidos; a madeira foi inutilizada com motosserras e o trator, destruído com explosivos. Nenhum responsável pela atividade ilegal foi localizado. Também não foram apresentadas licenças ambientais nem placas de identificação da área. Segundo os fiscais, quatro Cadastros Ambientais Rurais (CAR) sobrepõem a área investigada, cujos dados foram encaminhados à Polícia Civil. Os proprietários serão intimados para prestar esclarecimentos.

O comandante-geral da Polícia Militar, coronel Dilson Júnior, destacou o papel das forças de segurança na proteção dos recursos naturais. “A operação reforça o compromisso do Governo do Pará no enfrentamento aos crimes ambientais e na preservação dos recursos naturais da Amazônia, e a PM está pronta para atuar de forma ativa, colaborando com os demais órgãos de fiscalização ambiental, certos de que a proteção do meio ambiente depende da atuação coordenada de todas as instituições. Assim, garantimos que a riqueza natural do Pará seja preservada para as presentes e futuras gerações”, disse o coronel da PM.

O secretário de Segurança Pública, Ualame Machado, lembrou que a Operação Curupira está em andamento há mais de dois anos e já contribuiu para reduzir o desmatamento no estado. “Nós seguimos com as ações da Operação Curupira há mais de dois anos, integrando os órgãos do sistema estadual de segurança e a Secretaria de Meio Ambiente, atuando a partir de três bases fixas em São Félix do Xingu, Uruará e Novo Progresso, o que tem nos auxiliado a obter bons resultados na prevenção e combate aos crimes ambientais e, consequentemente, a redução do desmatamento. Na semana passada, durante uma fiscalização, identificamos um local onde a área estava sendo explorada ilegalmente em São Félix do Xingu, e essa semana as equipes atuaram em uma área de Uruará que também apresentava foco de desmatamento. Além da prevenção, a identificação de locais onde os crimes estejam ou possam vir a ocorrer são fundamentais para conseguirmos investigar e identificar os responsáveis, para então aplicarmos as punições devidas”, informou o secretário.