Justiça Paraense acolhe denúncia contra médico acusado de tentar matar ex-namorada em Belém
Felipe Almeida Nunes, 30 anos, está preso preventivamente na Unidade de Custódia e Reinserção de Marituba III desde 31 de outubro
O Tribunal de Justiça do Pará (TJPA) acolheu, nesta terça-feira (25), a denúncia apresentada pelo Ministério Público Estadual (MPPA) contra o médico Felipe Almeida Nunes, 30 anos, pelos crimes de feminicídio tentado e injúria real contra a ex-namorada, uma jovem de 27 anos.
Felipe está preso preventivamente na Unidade de Custódia e Reinserção de Marituba III desde 31 de outubro, cinco dias após o ataque ocorrido na rua João Balbi, no bairro de Nazaré, em Belém. Na ocasião, o investigado agrediu a vítima e a arrastou com um carro por mais de um quarteirão, causando lesões graves e deformidades permanentes.
A investigação foi conduzida pela Delegacia Especializada em Feminicídio e Outras Mortes Violentas contra Gênero (Defem). Segundo a delegada Adriany Carvalho, titular da unidade, o caso chegou ao conhecimento da polícia após familiares da jovem procurarem a Deam, enquanto ela ainda estava internada.
“A denúncia foi realizada pelos familiares, pelo fato de que, naquele momento, a vítima ainda estava internada. Após alta médica, ela foi ouvida na sede da Deam, onde recebeu acolhimento especializado. Ela foi encaminhada para exame de corpo de delito, que constatou lesões compatíveis com as relatadas”, explicou a delegada.
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O acusado se apresentou na Seccional de Icoaraci para prestar depoimento, ocasião em que teve o mandado de prisão preventiva cumprido. Em seguida, foi conduzido à Defem para os procedimentos de praxe.
De acordo com a denúncia, as agressões começaram após o casal descer do veículo durante uma discussão. Em meio aos golpes, a vítima voltou ao carro para pegar seus pertences. Nesse momento, segundo o MPPA, o investigado deu partida no automóvel e a arrastou por cerca de 250 metros, provocando ferimentos graves e deformidades permanentes.
Falso médico
Felipe se apresentava nas redes sociais como psiquiatra, porém, em nota enviada à imprensa na época do ocorrido, o Conselho Regional de Medicina do Estado do Pará (CRM-PA) informou que o acusado não tem registro na área.
“Informamos que o referido médico não possui registro como psiquiatra, conforme pode ser verificado no site deste Regional”, diz trecho do comunicado enviado à imprensa.
O CRM-PA também esclareceu que não poderia investigar o fato por ter ocorrido fora do ambiente de atendimento médico.
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