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Familiares e amigos cobram respostas para assassinato de jovem em Salvaterra, no Marajó

Grupo se reuniu em uma caminhada pela cidade após o assassinato de Ramon Alves dos Santos, de 27 anos

Ana Carolina Matos

Familiares e amigos de Ramon Alves dos Santos se reuniram em protesto, na manhã desta segunda-feira (8), para cobrar respostas da autoridades policiais para o assassinato do jovem de 27 anos, ocorrido em Salvaterra, na Ilha do Marajó. A caminhada teve início por volta das 9h, na Praça Nossa Senhora da Conceição, na entrada da cidade. O itinerário seguiu pelo Fórum da cidade, Delegacia de Polícia Civil, prédio da Prefeitura Municipal e da Câmara de Vereadores. Por volta das 10h30, o grupo chegou até o Cemitério Municipal São Pedro - local em que a vítima foi enterrada - e fez uma oração.

Formado no curso de assistência social e graduando do curso de Geografia, pela Universidade Federal do Pará (UFPA), o jovem de 27 anos havia sido escolhido recentemente para secretariar o movimento LGBTQA+ no município marajoara. Ele desapareceu na noite da última terça-feira (2). O jovem assistia à uma aula online quando, em determinado momento, teria dito a uma das irmãs que precisava sair. Um homem em uma motocicleta o esperava na frente da casa dele. Ramon subiu na garupa e a partir de então ninguém soube mais dele.

A vítima foi encontrada morta no dia seguinte, na quarta-feira (3), com sinais de espancamento pelo corpo e golpes na cabeça. Para a família, Ramon pode ter sido vítima de um crime passional ou mesmo de vingança, inveja e homofobia.

Tio de Ramon, o locutor Jorge Alves conta que as investigações seguem sendo conduzidas pela Polícia Civil, mas até o momento ninguém foi preso. "Continuam sem nos dar uma explicação. As investigações estão sendo feitas, porém sem muito avanço", destaca.

Um suspeito havia sido detido e mantido sob custódia. Não há informações, entretanto, se o acusado continua preso. Questionada, a Polícia Civil não comentou a detenção. Em nota, a instituição policial, por meio da Superintendência Regional do Marajó Oriental, informou "que as investigações para apurar a morte do universitário continuam". O comunicado ressaltou ainda que "depoimentos já foram colhidos" e "diligências continuam sendo feitas por agentes da Polícia Civil".

Quaisquer informações que possam ajudar na identificação e localização do(s) suspeito(s) podem e devem ser repassadas às autoridades policiais pelo Disque-Denúncia (181) ou Centro Integrado de Operações (190). Não é necessário se identificar e a ligação é gratuita.