Ex-presidente da câmara municipal de Ourilândia do Norte é preso durante operação da Polícia Civil
Vereador Walto Cunha (MDB) é acusado de integrar quadrilha que cometia fraudes veiculares em órgãos de trânsito do Estado. Outros seis funcionários públicos e empresários foram presos
O vereador Walto Cunha (MDB), ex-presidente da câmara municipal de Ourilândia do Norte, foi preso nesta terça-feira (4), durante a Operação "Gold Land", da Polícia Civil, que investiga uma quadrilha acusada de cometer fraudes veiculares nos órgãos de trânsito do Pará. Além dele, foram presos outros seis funcionários públicos e empresários pelos crimes de associação criminosa, corrupção ativa e passiva, posse ilegal de arma de fogo e inserção de dados falsos no sistema.
Os outros alvos presos foram identificados como Wagner José Faustino, Fabrício Kalil Galvão Ferreira, Rodrigo Carvalho de Souza, Luiz Augusto dos Santos Gomes e Romes Sousa Guimarães. Os policiais civis também deram cumprimento a 12 mandados de busca e apreensão, nos municípios de Ourilândia do Norte e Tucumã, no sudeste do Pará.
“Essas prisões significam a quebra de uma cadeia criminosa, culturalmente alicerçada nos órgãos de trânsito do Estado do Pará. E significa um verdadeiro paradigma, tendo em vista a custódia de agentes políticos e empresários que atuam em fraudes veiculares”, disse o delegado João Costa, titular da Delegacia de Repressão a Furtos e Roubos de Veículos (DFRV).
Mercado clandestino
As investigações começaram em junho de 2020, após a prisão de dois servidores do Ciretran (Circunscrição Regional de Trânsito) de Ourilândia do Norte, que praticavam o crime de inserção falsa nos sistemas da administração.
Com o trabalho investigativo, foi possível identificar um grupo que estaria cometendo inúmeras fraudes veiculares em órgãos de trânsito do Pará, os quais funcionariam como mercado clandestino de operações, inclusive com uma tabela de preços para despachantes, empresários e populares.
Durante as buscas domiciliares foram apreendidos aparelhos celulares, cheques, computadores, pen-drives, munições de vários calibres e armas de fogo que estavam em posse dos investigados. Após as prisões, eles prestaram depoimentos na Unidade Policial, e estão à disposição da Justiça.
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