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Empresário morto em Castanhal: sócio da vítima e atirador se encontraram antes do crime, diz PC

Rafael Mota Ribeiro, que era sócio da vítima, e está preso preventivamente após ser apontado como suposto mandante do crime

O Liberal

O homem apontado como o principal suspeito de ser o mandante do homicídio de Estevão Neves Pinto, morto a tiros em Castanhal no dia 5 de setembro, teria se encontrado com o atirador momentos antes do crime, diz a Polícia Civil. Os detalhes da investigação sobre o homicídio foram divulgados nesta sexta-feira (12), em coletiva à imprensa. A PC informou que Rafael Mota Ribeiro, que era sócio da vítima, nega ter planejado o assassinato.

De acordo com o delegado Pedro Rocha, da Delegacia de Homicídios de Castanhal, as investigações reuniram provas consideradas “irrefutáveis”. “O carro utilizado na fuga, um Creta branco, foi registrado por câmeras saindo da casa de Rafael por volta de 5h59. Depois, o veículo foi até um hotel onde estavam os executores, vindos de Benevides, e, em seguida, seguiu em busca do empresário, cuja rotina já era conhecida pelos criminosos”, detalhou.

O delegado afirmou ainda que o sócio da vítima teria negado a participação. “Ele negou formalmente a participação, mas não forneceu informações sobre onde está o carro. Foi uma situação constrangedora porque ele insiste em negar, apesar das provas coletadas”, explicou Pedro Rocha.

Segundo a Polícia Civil, o atirador e o condutor da moto receberam R$ 6 mil cada pelo crime. O atirador chegou a ser monitorado enquanto tentava fugir para São Paulo e acabou preso na cidade de Santa Maria.

O delegado acrescentou que há outros envolvidos com participação considerada secundária, como quem teria indicado o condutor da motocicleta. “A investigação não parou. Há mais pessoas a serem presas. A família da vítima e a sociedade de Castanhal precisam de todas as respostas”, disse o delegado.

Além dos investigados que estão presos, outras duas pessoas estão foragidas e são procuradas para o cumprimento de mandados de prisão. Outros dois suspeitos que também podem ter tido participação, mas não tiveram as identidades reveladas, estão sendo investigados em sigilo.

Nota

Em nota divulgada à imprensa, a defesa do investigado Rafael Mota Ribeiro, feita pelos advogados criminalistas Lucas Sá e Anderson Alves, se manifestou. “Esclarece que já solicitou à Polícia Civil o acesso completo ao inquérito policial, a fim de tomar conhecimento da íntegra das investigações. A partir desse acesso, será possível prestar esclarecimentos mais detalhados sobre o caso”, diz o comunicado assinado pelos advogados.