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Empresário morto em Castanhal: ‘ambição’ pode ter sido a motivação para o assassinato, diz PC

O mandante do homicídio de Estevão Neves Pinto seria o sócio da vítima, o empresário Rafael Mota Ribeiro, apontado como responsável pelo planejamento, logística e execução do assassinato

O Liberal

As investigações sobre o assassinato de Estevão Neves Pinto, empresário morto em Castanhal na última sexta-feira (5), apontam que a motivação para o crime pode ter sido ‘ambição’. A informação foi divulgada pela Polícia Civil durante uma coletiva de imprensa na manhã desta sexta-feira (12), no município onde o homicídio ocorreu. De acordo com a PC, Rafael Mota Ribeiro, que era sócio da vítima e está preso preventivamente após ser apontado como suposto mandante do crime, seria beneficiado em questões comerciais referentes a vendas de peças de motos e bicicletas.

O delegado Pedro Rocha, da Delegacia de Homicídios de Castanhal, explicou que a linha de investigação aponta para o interesse financeiro como principal motivação. “É uma temática que ainda temos que aprofundar. Mas, até o momento, o que a polícia civil colheu é que é unicamente a ambição. Até o momento, o que nós esclarecemos é que a motivação foi ambição. A vítima era representante de marcas famosas de peças e o Rafael funcionava como um preposto, com acesso à carteira de clientes e à confiança da vítima e da família. Com a morte de Estevão, ele naturalmente teria uma ascensão no ramo”, destacou.

Segundo o delegado, o próprio Rafael relatou em depoimento que, logo após a morte do sócio, chegou a ser procurado por fornecedores para assumir o lugar dele nos negócios. “Ele disse que recusou naquele momento por considerar delicado, mas isso só reforça a linha de investigação de que a motivação foi puramente por ambição, já que não havia desavenças pessoais entre os dois”, afirmou Rocha.

O delegado também informou que havia uma suposta dívida entre Estevão e o suposto mandante do homicídio. “Fala-se em dívida, mas o que o Rafael nos relatou era algo mínimo, que poderia ser coberto com os percentuais que recebia. Não vemos isso como fator decisivo”, explicou.

Ainda segundo a Polícia Civil, o suspeito chegou a comparecer ao velório e se mostrou solidário com os familiares da vítima. Ele também participou de reuniões posteriores para tratar sobre os negócios, o que, para os investigadores, foi uma tentativa de manter aparências.