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Cinco réus são condenados por assassinato e ocultação de cadáver de joalheiro de Marabá

O homicídio do vendedor de joias Edilson Pereira de Sousa ocorreu em abril de 2021

O Liberal

Cinco réus, sendo quatro da mesma família, foram condenados no julgamento sobre o assassinato e ocultação de cadáver do vendedor de joias Edilson Pereira de Sousa, morto em abril de 2021, em Marabá, sudeste do Pará. A sentença foi divulgada na madrugada desta sexta-feira (12), no Tribunal do Júri, em Belém. Um dos seis indicados, Mateus Freitas Mendes, foi o único absolvido.

De acordo com o julgamento, Oinotna confessou que tinha uma dívida de R$ 1,9 milhão e que, por medo, decidiu matar Edilson. Os réus foram sentenciados com penas diversas no julgamento do homicídio qualificado e furto da vítima. São eles:

- Oinotna Silva Ferreira, conhecida como “Tina”, que confessou a participação no crime e relatou ser a mandante do assassinato. Ela foi sentenciada a 21 anos de prisão em regime inicial fechado.

- Maria da Paz Silva Ferreira, conhecida como “Da Paz” (mãe de Oinotna), recebeu 12 anos e teve a prisão expedida. Por ser idosa, teve redução da pena devido à idade.

- Gabryella Ferreira Borgea, a influencer ‘Gaby’, foi condenada a 12 anos por menor participação.

- Raphael Ferreira de Abreu (irmão de Gaby e filho de “Tina”), que foi condenado a 17 anos.

- Bruno Gleander Barbosa França (namorado de Gaby na época) foi sentenciado a 9 anos de prisão.

Durante o julgamento, foi realizada a oitiva de 24 testemunhas, entre policiais, peritos e moradores do condomínio onde o crime aconteceu.

Depoimento

De acordo com o julgamento, Oinotna Silva Ferreira confessou que tinha uma dívida de R$ 1,9 milhão e que, por medo, decidiu matar Edilson. Ela relatou ainda que pagou R$ 50 mil a Bruno Gleander, então namorado da influenciadora Gabryella Ferreira Bogéa, para executar o crime e ocultar o corpo, que foi jogado no Rio Itacaiunas. Segundo a versão de Tina, a motivação seria uma discussão com a vítima por conta dos juros cobrados. Ela disse que se trancou no quarto com os filhos no momento da ação.

Durante o depoimento, Bruno deu outra versão e alegou que, ao chegar ao local, Edilson já estava ferido e que apenas ajudou a transportar o corpo a pedido de Tina. Gaby, por sua vez, afirmou ter agido sob influência de drogas e medo do companheiro. Raphael, filho de Tina, negou participação direta no crime.

O caso

O corpo de Edilson Pereira de Sousa foi encontrado no dia 15 de abril de 2021, às margens do Rio Itacaiunas, em Marabá. A vítima estava desaparecida desde o dia 13 de abril do mesmo ano. O carro de Edilson, modelo Renegade, foi alvo de uma tentativa de incêndio.

Na época, a família de Edilson vivia em Conceição do Araguaia, e o joalheiro havia se mudado para Parauapebas. No entanto, ele ia a Marabá, onde havia iniciado um namoro. A mulher esteve presente no momento do reconhecimento do corpo. A partir do crime, a Polícia Civil abriu um inquérito para identificar os responsáveis.