Câmeras registram médico arrastando namorada com o carro por mais de um quarteirão em Belém
As imagens mostram também o momento em que o homem agride a companheira durante uma discussão
Câmeras de segurança registraram o momento em que um médico de 30 anos arrastou a namorada, de 27 anos, com um carro por mais de um quarteirão no bairro Umarizal, em Belém. Segundo a denúncia, as agressões físicas começaram após o casal ter descido do veículo durante uma discussão. O caso ocorreu no último domingo (26/10), durante a madrugada.
As imagens mostram o casal discutindo no meio da rua. Antes de irem para o automóvel, é possível ver a vítima, de vestido vermelho, sendo perseguida pelo suspeito até que ele a empurra, fazendo com que ela caia no chão. Nesse momento, um outro veículo passa pelo local, durante a confusão, mas o condutor não intervém. De outros ângulos, já às 4h46, é possível ver o carro arrastando a vítima pela via.
De acordo com a Polícia Civil, o suspeito desferiu golpes contra a vítima, que, em determinado momento, retornou ao veículo para buscar seus pertences. As autoridades disseram que o homem arrancou com o carro, arrastando-a por cerca de 250 metros de distância.
A vítima realizou exame de corpo de delito no Instituto de Medicina e Odontologia Legal (IMOL), da Polícia Científica do Pará (PCEPA).
A delegada Adriany Carvalho, titular da Delegacia de Feminicídio, explicou que as investigações tiveram início após familiares da vítima, de 27 anos, comparecerem à sede da DEAM para registrar o caso. “A denúncia foi realizada pelos familiares, pelo fato de que, naquele momento, a vítima ainda estava interna. Após alta médica, vítima foi ouvida na sede da DEAM, onde recebeu acolhimento especializado. Ela foi encaminhada para exame de corpo de delito, que constatou lesões compatíveis com as relatadas”, afirmou.
O suspeito se apresentou para prestar depoimento na Seccional de Icoaraci, onde o mandado de prisão preventiva foi cumprido. Ele foi conduzido à DEFEM para os procedimentos cabíveis e permanece à disposição da Justiça. O caso segue em investigação.
Posicionamento do CRM-PA
O Conselho Regional de Medicina do Estado do Pará (CRM-PA) divulgou uma nota à imprensa para esclarecer que não realiza a investigação sobre o caso por ter ocorrido fora do ambiente de atendimento médico. Além disso, nas redes sociais foi compartilhado que o suspeito seria psiquiatra. Porém, o CRM esclareceu que o médico não tem registro na área.
“O médico em questão praticou crime comum e não se encontrava, no momento do fato, realizando qualquer ato médico. Ressaltamos que a atuação do CRM-PA restringe-se à análise e julgamento de condutas médicas praticadas no exercício da profissão, ou seja, durante o ato médico.
Todo e qualquer ato que não envolva ato médico deve ser apurado pelas esferas competentes para tanto, seja a criminal ou a cível. Por fim, informamos que o referido médico não possui registro como psiquiatra, conforme pode ser verificado no site deste Regional”, diz a nota completa.
Palavras-chave