Bebê é morta com tiro na cabeça em Marabá; suspeito morre em ação policial
Suspeitos planejavam invadir hospital para matar um dos sobreviventes e terminar o serviço
Ísis Emanuelle, de apenas 1 ano, foi assassinada com um tiro na cabeça na noite de quarta-feira (13), na Folha 33, Núcleo Nova Marabá, em Marabá, sudeste do Pará. De acordo com a Polícia Civil, ela estava dentro de uma casa quando um grupo armado chegou a pé e encapuzado, efetuando diversos disparos. Além da criança, duas mulheres e um homem também foram baleados. Um suspeito foi morto durante uma ação policial nesta quinta-feira (14) e outro foi preso. Buscas continuam sendo feitas pelos demais envolvidos.
As vítimas foram socorridas e levadas ao Hospital Municipal de Marabá (HMM). A bebê não resistiu aos ferimentos. A mãe, de 19 anos, foi atingida nas nádegas e na virilha; a tia, de 17 anos, foi baleada nas costas, próximo à coluna; e um homem, tio da criança, foi atingido no abdômen.
Uma familiar, que pediu para não ser identificada, contou ao Correio de Carajás que Ísis estava deitada em um quarto quando foi atingida. “Eu soube que eles chegaram atirando na rua, todos a pé e encapuzados, e que o pessoal começou a correr”, comentou. Segundo ela, havia entre oito e dez atiradores.
A Polícia Civil informou que o caso está sob investigação da Delegacia de Homicídios de Marabá. “As vítimas foram socorridas e encaminhadas para atendimento médico. Um bebê não resistiu aos ferimentos. Testemunhas são ouvidas e perícias foram solicitadas para auxiliar na apuração e identificação dos envolvidos no crime”, declarou a instituição.
Suspeito morre durante ação policial
Na tarde desta quinta-feira (14), por volta das 17h, um suspeito de participação no ataque foi morto durante uma operação conjunta das polícias Civil e Militar, também na Folha 33. Ele foi identificado como Wallisson Pinto da Silva, conhecido como “Pezão”, apontado como líder do grupo envolvido no crime.
Segundo o delegado Vinicius Cardoso, superintendente de Polícia Civil do Sudeste do Pará, a investigação apontou que o alvo do atentado era Marcos, tio da bebê, ferido no abdômen. O crime estaria relacionado a uma rixa no tráfico de drogas. “É uma rixa de traficante”, afirmou o delegado. Marcos, ainda segundo a polícia, teria sido visto como um traidor, o que o tornou alvo do grupo comandado por “Pezão”.
Criminosos planejavam invadir hospital
A polícia descobriu, por meio do monitoramento de conversas telefônicas entre suspeitos, que o grupo planejava invadir o Hospital Municipal de Marabá para matar Marcos e "terminar o serviço", o que motivou a ação imediata. “Eles estavam arquitetando matar o Marcos no hospital”, revelou Cardoso.
Durante a operação, “Pezão” foi localizado na rua da Piçarreira. Ao ver os policiais, correu para um imóvel na Quadra 04, onde se trancou em um cômodo. Na troca de tiros, foi baleado, socorrido e levado ao hospital, mas não resistiu. Um segundo suspeito foi preso e está sendo interrogado.
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