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Ananindeua: Professor que tentou beijar a aluna é preso pela Polícia Civil

O educador é suspeito de praticar crimes de assédio e importunação sexual contra alunas da Escola Municipal de Ensino Fundamental Benedito Maia

O Liberal

Um professor de 37 anos foi preso, nesta sexta-feira (31), pela Polícia Civil do Pará, suspeito de praticar crimes de assédio e importunação sexual contra alunas da Escola Municipal de Ensino Fundamental Benedito Maia, em Ananindeua. A prisão preventiva foi decretada pelo Juízo da Vara de Juiz das Garantias da Região Metropolitana de Belém e cumprida pela equipe da Delegacia Especializada no Atendimento à Criança e ao Adolescente (Deaca) do município.

De acordo com a Polícia Civil, o professor foi acusado por diversos alunos de praticar atos invasivos e libidinosos dentro do ambiente escolar. Testemunhas ouvidas pela investigação corroboraram as denúncias. Todas as vítimas foram atendidas em escuta protegida na Deaca e confirmaram os fatos, que envolviam toques indevidos, propostas libidinosas e comportamentos invasivos, configurando crimes contra a dignidade sexual.

O inquérito policial foi presidido pelo delegado Luciano Batista. Após a reunião de todos os elementos probatórios, o delegado representou pela prisão preventiva do investigado, que foi deferida pela Justiça. O professor foi encaminhado ao sistema prisional e ficará à disposição do Poder Judiciário.

Denúncias anteriores

O educador já havia sido afastado das funções anteriormente, em 2023, após denúncias de assédio sexual contra uma aluna de ​13 anos. Na ocasião, a mãe da vítima apresentou prints de conversas como prova, e a escola tomou providências. O caso, no entanto, teria sido arquivado pela Secretaria Municipal de Educação (Semed), e o professor retornou às atividades em agosto deste ano.

No dia 15 de setembro, ele voltou a ser denunciado por tentar beijar uma estudante de 13 anos. A direção da escola formalizou novo afastamento no dia 17 do mesmo mês. Segundo relatos de alunos, o professor teria beijado a aluna no rosto e a segurado pela cintura. Após o episódio, outras estudantes relataram comportamentos inadequados, como abraços, elogios e olhares considerados inapropriados.

Desde a repercussão do caso, surgiram também denúncias de perseguição a professores e pais de alunos por parte de pessoas ligadas à direção da escola. Fontes ouvidas pela reportagem afirmaram que pais teriam sido induzidos a registrar boletins de ocorrência contra docentes para tentar abafar o caso.