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Advogado que matou a mãe a facadas em Belém já está preso; entenda o caso

Leonardo Giuni foi preso em flagrante após ligar para a polícia e se entregar logo após o crime

O Liberal

O advogado Leonardo Felipe Giuni Bahia, que matou a própria mãe a facadas, em Belém, já está em um presídio do Pará. Após todos os procedimentos legais, ele foi preso, em flagrante, por homicídio, ainda nesta terça-feira (18/01), mesmo dia em que cometeu o matricídio e feriu a irmã (sem gravidade). As investigações, no entanto, seguem por pelo menos mais 10 dias.

Na madrugada desta terça, Leonardo reclamou de uma alergia forte e saiu para tomar uma medicação. Ao retornar para casa, no prédio residencial Villa Dei Fiore, no bairro Batista Campos, algo aconteceu. Por volta de 5h30, a pessoa que até então não tinha nenhum indício de ser alguém violento iniciou uma discussão com a mãe, dona Arlene Giuni.

Pelo que foi levantado pela Divisão de Homicídios da Polícia Civil do Pará, a discussão foi por um motivo banal: um pão colocado sobre a mesa, durante o café da manhã. A mulher reclamou que o filho havia sido muito ríspido e ele aumentou o tom de voz, chegando a uma discussão mais exaltada.

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Mulher ainda teve dois cortes superficiais no corpo e conseguiu escapar sem gravidade

Irritado, matou a mãe a facadas. Em seguida, foi ao quarto da irmã e tentou enforcar a moça. Ela acordou com a mão dele no pescoço, mas conseguiu se desvencilhar. Ainda nos levantamentos iniciais da DH, ele mandou ela ir embora de casa. Como não estava entendendo a situação, demorou a atender o irmão e ele fez dois cortes nela: na mão e na perna. Ela fugiu sem danos mais graves.

Após matar a mãe, Leonardo ligou para o 190 e explicou tudo o que aconteceu, pedindo para ser preso. Momentos depois, policiais militares e civis o prenderam e a Polícia Científica iniciou a perícia no apartamento da família, que fica no bairro Batista Campos. A arma do crime foi apreendida e o corpo de dona Arlene foi removido para exames.

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O homem ligou para a Polícia após ter cometido o crime e contou tudo na hora

O delegado Cláudio Galeno, diretor da DH, observa que esse tipo de comportamento caracteriza — ao menos pela experiência dos policiais em casos como esse — um surto psicótico. E quando a pessoa consegue retomar algum controle, costuma sentir uma imensa culpa, mas como se tivesse sentido um lapso de memória e de não entender o que aconteceu.

Leonardo foi ouvido e então encaminhado a uma unidade prisional, que por segurança não será revelada qual é. Segue à disposição da justiça, autuado pelo crime de homicídio. Entre as linhas de investigação está o surto psicótico e a possibilidade de o medicamento tomado para controlar a crise alérgica possa ter sido o gatilho para o surto.

Polícia