Advogado é acusado de agredir esposa em hotel de Salinópolis: 'Eu vou te encontrar no inferno'
Mulher conseguiu uma medida restritiva que proíbe advogado de se aproximar dela: "Eu só espero justiça"
Uma mulher de 27 anos denunciou que foi vítima de agressões por parte do marido, Jonatan dos Santos Pereira, advogado e integrante da Comissão de Prerrogativas da Ordem dos Advogados do Brasil - Seção Pará (OAB-PA). No relato, a vítima disse que denunciou Jonatan na Delegacia de Polícia Civil de Salinópolis, no litoral nordeste paraense, sinalizando que a última agressão aconteceu no dia 1º de agosto deste ano.
No depoimento, atrelado ao inquérito, a vítima diz aos policiais que havia sido agredida por Jonatan e que aquela não seria a primeira vez. A depoente relatou também que o companheiro a segurou pelos braços e a agrediu com socos no rosto.
Situação
Num desses episódios, o casal estava em um bar e, movido por ciúmes dos membros da banda que tocava no local, começou uma discussão Mesmo tensa, ela tentou acalmar o marido e mostrar que não havia motivos para brigas. Ao que advogado teria comentado: “Égua, essas tuas unhas tem que ser tosadas, eu pago a semana toda pra ficar isso [sic]”. Todas essas falas foram reproduzidas no inquérito.
Ele ainda completou: "Sua filha da p**a. Tu vai ficar é aqui, sua desgraçada, quem manda em ti é eu, maldita foi a hora que eu voltei contigo, vagabunda maldita [sic]", diz o relato
“Eu comecei a chorar nessa hora. Ele começou a gritar, me chamar de filha da p**a e apontar o dedo na minha cara, na frente de todo mundo”, relata. Ao sair do bar, a vítima disse que recebeu um golpe mata-leão e e também várias agressões verbais do advogado quando voltavam ao hotel onde estavam hospedados.
Já no quarto do hotel, a mulher diz que teve de se trancar no banheiro porque Jonatan estava querendo quebrar o celular dela. Depois de algum tempo, ela recebeu o auxílio de outros hóspedes, que chamaram a Polícia Militar e conduziram o casal à delegacia.
Jonatan a teria agarrado pelo pescoço e dito:"Tu sabe que não vai dar em nada tu ir na delegacia, porque eu sou advogado e tenho minhas prerrogativas, tu não tem nada na vida. Tudo quem te dá é eu, tu é minha submissa, se tu me deixar tu vai ficar na lama, sem nada", relatou em depoimento.
“Eu só espero justiça e que ele possa pagar por tudo que ele fez comigo. Eu construí tudo com ele do zero, começamos em um quitinete. Só fomos crescendo, e hoje, eu saí da minha casa sem nada”, lamenta a vítima.
A redação integrada de O Liberal já entrou em contato com a defesa do advogado Jonatan, bem como com a OAB-PA, e aguarda retorno.