Advogada acusada de matar a mãe: data de reconstituição do crime pode ser definida dia 3 de novembro
A reunião marcada para tratar do caso será realizada na sede da Polícia Científica do Pará (PCP), no Bengui
A data de reconstituição dos fatos do assassinato de Arlene Giugni da Silva, ocorrido no dia 18 de janeiro deste ano, no bairro da Batista Campos, em Belém, pode ser definido no dia 3 de novembro. Nesse dia, o pedido de reprodução simulada dos fatos será solicitado pelo promotor de Justiça de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, Franklin Lobato Prado, durante reunião com as polícias Civil (PC) e Científica do Pará (PCP). A advogada Juliana Giugni Cavalcante Soriano de Mello é acusada de homicídio triplamente qualificado por matar a própria mãe.
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O encontro tratará de todas as provas materiais e perícias levantadas até o momento, o resultado da perícia psicológica da Juliana e seu irmão Leonardo Felipe Giugni Bahia, além de estipularem uma janela para a reconstituição do crime. O encontro vai acontecer na sede da PCP, no bairro do Bengui, por volta de 9h.
“O objetivo disso tudo é fazer com que os dois (Juliana Giugni Cavalcante Soriano de Mello e Leonardo Felipe Giugni Bahia) sejam julgados pelo Tribunal do Júri. A previsão era de que a reconstituição e instrução processual fossem feitas no final de outubro, mas acabou adiando”, afirmou o promotor de Justiça.
Na última quarta-feira (26), o promotor disse em entrevista concedida à Redação Integrada de O Liberal que se reuniu com o procurador de Justiça do caso, Luiz César Tavares Bibas, para traçar as medidas que o Ministério Público do Pará (MPPA) irá tomar. “Queremos que as coisas sejam feitas de forma correta. As provas estão nos autos. Estamos dentro do para juntar as razões para o recurso. Em crime hediondo não cabe esse tipo de liminar”, disse.
Decreto da prisão preventiva de Juliana
A Justiça do Estado do Pará acatou o pedido do MPPA e decretou, no dia 13 deste mês, a prisão preventiva de Juliana Giugni Cavalcante Soriano de Mello, acusada do homicídio triplamente qualificado por assassinar a própria mãe. Moradores do prédio onde Juliana mora disseram que a PC esteve no edifício atrás dela, só que a advogada não estava no local. A acusada se apresentou na Divisão de Homicídios (DH), no bairro de São Brás, apenas no dia seguinte.
Inicialmente, o filho da vítima, Leonardo Felipe Giugni Bahia, foi denunciado como autor do assassinato e por tentativa de assassinato da irmã. Porém, após a inclusão de novas perícias nos autos, a Promotoria de Justiça concluiu que ficou comprovado que o feminicídio contra a mãe foi praticado por Juliana, sendo seu irmão o coautor.