Ter um pet aumenta satisfação de vida, segundo pesquisa; tutores paraenses concordam
A pesquisa foi publicada no Reino Unido e apontou que um animal de estimação pode promover felicidade nos lares que possuem um pet
Você já sentiu uma felicidade enorme e inexplicável apenas de ver o seu pet ou sentiu que está completo com a presença dele?
Nesta semana, um estudo realizado por pesquisadores britânicos para a revista científica Social Indicators Research indicou que ter um pet impacta diretamente e significativamente na satisfação com a vida — a ponto de esse efeito ser comparado a receber cerca de R$ 530 mil (£70 mil) por ano no quesito "bem-estar emocional".
O OLiberal.com buscou entender esse estudo ao conversar com uma psicóloga e tutores de pets para saber sobre como a satisfação de vida e felicidade estão atreladas com a convivência com um animal de estimação. Saiba mais a a seguir:
O que diz o estudo?
Os pesquisadores apontaram que o impacto de conviver com um animal de estimação é tão forte quanto conviver com amigos e familiares frequentemente e consegue, em alguns casos, ser ainda mais relevante que promoções no trabalho.
Os dados mostraram que os donos de cães relataram um aumento de cerca de 3 pontos em uma escala de 1 a 7 sobre satisfação com a vida. Já donos de felinos apresentaram um ganho de quase 4 pontos nessa escala.
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Já para professora de inglês Helena Berbário, tutora de três gatos, os níveis de felicidade aumentaram bastante com a chegada de seus pets, em específico, do gatinho Lafayette. Além de que a chegada do felino a fez mudar a relação que tinha consigo mesma.
"A importância dele é inexplicável. Ele é uma fonte de amor e carinho muito grande, uma companhia para todos os momentos. A minha vida com ele mudou completamente. Existe uma vida antes, uma vida depois da dele, da chegada dele. Isso me deixou mais cuidadosa comigo, mais responsável, mais prevenida", afirma.
Helena também ressaltou: "Ele me fez ser uma pessoa muito mais cuidadosa com tudo e muito mais feliz, muito. Tudo que eu faço para ele eu faço com muita felicidade. É um amor que a gente não consegue nem explicar, e ele encheu meus dias de alegria."
Já para Lucas Corrêa, jornalista e ator, o seu cachorro Dante, de 10 anos, foi a realização de um sonho que ele possuía desde a infância, mas que não havia sido realizado por conta de uma forte alergia que possuia na época. Felizmente, o sonho foi realizado depois de adulto.
"Quando eu adotei, eu e minha família, a gente vinha em um contexto de perdas. Desde quando adotei o Dante, ele trouxe consigo e carrega até hoje um simbolismo de renovação de esperança, renovação de força, do otimismo e um acalento, um apoio em meio à tristeza e em momentos complicados."
Lucas é tutor de Dante (Acervo Pessoal)
A família de Lucas também sofreu um impacto bastante positivo com a adoção de Dante, passando a ser mais unida e promovendo benefícios para a saúde mental e diminuição de estresse de cada um.
"Nossa, eu diria que nós passamos a ser muito mais felizes desde que a família ganhou mais um membro, que foi o Dante, o nosso pet, porque em meio à correria do dia a dia, em meio às situações que a gente vive e que possam trazer estresse, possam entristecer, quando nós chegamos em casa, a gente já vai recebendo com carinho genuíno."
Gabrielle Borges, estagiária de jornalismo, sob supervisão de Mirelly Pires, editora web de OLiberal.com.