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Veja como está a cratera que interditou o quilômetro 18 da rodovia BR-316

A cratera foi aberta com a forte correnteza de um braço do rio Caeté, no último fim de semana, após fortes chuvas na região do nordeste paraense

Patrícia Baía

Até a tarde desta terça-feira (24), ainda não foi iniciada a obra para fechar a cratera aberta no quilômetro 18 da rodovia BR-316, entre os municípios de Capanema e Santa Luzia do Pará. A cratera foi aberta com a forte correnteza de um braço do rio Caeté, no último fim de semana, após fortes chuvas na região nordeste paraense. As obras devem ser realizadas pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit). Neste perímetro moram cerca de 600 famílias nas vilas do Caeté e São Sebastião.


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A forma encontrada para passar de um município para o outro é no improviso. Alguns moradores da vila do Caeté, que fica no município de Santa Luzia do Pará, usaram parte do parapeito da ponte para que pedestres e até motos passassem.

“Nós vimos que não ia ter jeito e que foi melhor fazer essa ponte do que deixar o povo ilhado sem ter como sair pra resolver o que precisa fora daqui da vila”, contou Helenilson Guimarães, morador.

A doméstica Jessica Silva, que trabalha em Capanema, é uma das pessoas que tem se arriscado na ponte improvisada. “Se não for assim eu não vou trabalhar e pegar esse sol forte na cabeça também não é fácil”, contou. 

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Do outro lado da ponte ficam alguns motoristas dos “táxis lotação” que aproveitaram a oportunidade para fazer o transbordo dos moradores. O valor é R$ 10 reais por pessoa. “Já fui e vim 5 vezes só hoje à tarde. Estamos aqui para ajudar e também ganhar algum dinheiro. Ninguém pode ficar prejudicado“, explicou o taxista Mateus Souza da Silva. 

Para a dona de casa Raimunda Guimarães, moradora da Vila Caeté, o dia foi para contabilizar os prejuízos e lavar as roupas que molharam com a enchente que atingiu a sua casa, que fica há 150 metros da beira do rio Caeté. A água atingiu cerca de 1 metro de altura nas paredes da casa e fez com que parte dos móveis e colchões ficassem boiando.

“Não tenho mais um guarda-roupa que preste. Molhou tudo que estava dentro. Hoje estou só lavando e botando os colchões no sol para secar. Nunca tínhamos passado uma situação assim como essa. A água do rio nunca tinha entrado na minha casa”, contou dona Raimunda.

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