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Uma super-heroína dos céus paraenses: conheça a história da piloto do Graesp

Suzane Patrícia Gomes da Silva, 35 anos, 2ª tenente da Polícia Militar, é a primeira mulher a atuar entre os pilotos que compõem a equipe do Graesp: ela cruza os céus para dar apoio a paraenses na pandemia

Ana Laura Carvalho

A 2ª tenente da Polícia Militar do Estado do Pará (PMPA), Suzane Patrícia Gomes da Silva, 35 anos, é a primeira mulher piloto a entrar para o time que voa pelos céus do Pará em missões pelo Grupamento Aéreo de Segurança Pública (Graesp), que atua no transporte de cargas, materiais e pessoas.

A paixão por voar nasceu no ano de 2009, durante o Círio de Nossa Senhora de Nazaré, quando o helicóptero fez uma homenagem à santa. Suzane ainda era soldado, e apreciava, lá debaixo, a chuva de pétalas de rosas sobre as pessoas. “Foi muito emocionante. Eu olhei para o cabo que estava de serviço comigo e disse para ele que um dia eu ia ser piloto, para fazer aquela homenagem também. Ele sorriu e disse que era impossível. Perguntei o porquê, e ele disse que eu era praça e só oficial poderia pilotar a aeronave. Lembro de ter olhado para cima e repetido que eu iria, sim, ser piloto”, conta.

A paixão por voar nasceu no ano de 2009, durante o Círio de Nossa Senhora de Nazaré, quando o helicóptero fez uma homenagem à santa. Suzane ainda era soldado, e apreciava, lá debaixo, a chuva de pétalas de rosas sobre as pessoas. “Foi muito emocionante"

Paz e conexão com os céus


Determinada, Suzane iniciou a pesquisa pelos cursos que precisava fazer para alcançar o seu sonho. E, mesmo com os valores altos das aulas, não desistiu. Ela lembra como chegou ao Graesp. “O grupamento aéreo realizava alguns pousos e decolagens na unidade onde eu trabalhava, e todas as vezes que eles estavam por lá, eu ia conversar com eles, aprender um pouco mais sobre a missão".

E quanto mais Suzane conhecia, mais ela queria fazer parte daquela equipe. "No dia 26 de junho de 2020, eu ingressei para o Graesp, tendo minha primeira missão pelo grupamento no dia 31 de março de 2021. Foi uma missão no município de Capanema, com 45 minutos de voo”, recorda a tenente. “Voar para mim é me conectar com Deus. É um momento de gratidão, de paz. Voar é o trabalho mais lindo que eu poderia ter”, agradece Suzane.

“Olhei para o cabo que estava de serviço comigo e disse para ele que um dia eu ia ser piloto, para fazer aquela homenagem também. Ele sorriu e disse que era impossível, que eu era praça e só oficial poderia pilotar a aeronave. Olhei para cima e repeti que eu iria, sim, ser piloto. Voar para mim é me conectar com Deus. É um momento de gratidão, de paz. Voar é o trabalho mais lindo que eu poderia ter”, agradece Suzane

Voar é uma missão


Para ela, voar também faz parte de uma missão do grupamento aéreo que é essencial, para o bem da população paraense. “Passamos a maior parte do nosso dia e, consequentemente, de nossas vidas, nos dedicando a ajudar o próximo. Isso é muito gratificante. Atualmente, com a pandemia e com essas incontáveis vidas perdidas, levar vacinas, por exemplo, a todos os cantos do Estado é levar esperança, saúde e vida para a população”, avalia.

Quanto à rotina de trabalho, a tenente explica que as missões pelo ar são desempenhadas sob demanda. Enquanto isso, ela atua na parte administrativa do Grupamento, no departamento pessoal, documentos e relatórios.

Suzane se considera uma pessoa muito dedicada ao trabalho, com o qual ela ocupa cerca de 70% do seu dia. Nas horas vagas, ela aproveita para ficar ao lado da família, que no começo ficou preocupada com a missão que, hoje, ela desempenha no Graesp. “Mas já se adaptaram e se tranquilizaram”, garante.

Ela destaca também a participação e o apoio dos amigos. “Meus amigos são irmãos que eu pude escolher. Eles me apoiam, incentivam e a admiração é mútua”, diz.

A 2ª tenente da PM destaca a importância da participação da mulher e o desejo para que ocupem cada vez mais espaço. “A visão da mulher, em qualquer lugar, é uma visão diferente, a forma como lidamos com as situações é muito peculiar nossa. Somos necessárias”, sorri.

“Passamos a maior parte do nosso dia e, consequentemente, de nossas vidas, nos dedicando a ajudar o próximo. Isso é muito gratificante. A visão da mulher, em qualquer lugar, é uma visão diferente, a forma como lidamos com as situações é muito peculiar nossa. Somos necessárias”, sorri Suzane

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