Sujeira e abuso de álcool geram acidentes nas praias de Salinas
Os bombeiros chama atenção para os cuidados com a segurança de quem quer aproveitar o veraneio
Duas coisas deram muito trabalho ao Corpo de Bombeiros Militares (CBM), em Salinópolis: a sujeira deixada por veranistas e o abuso de bebidas alcoólicas. Este final de semana, o último de julho, deve ser o mais movimentado e, por isso, os bombeiros alertam para cuidados necessários à segurança. Valem para este domingo e para quem quer que ainda vá esticar a folga na semana que está começando.
Com a sujeira, principalmente restos de alimentos, muitos animais aquáticos chegam mais perto da beirada das areias. Os mais comuns são bagres, que possuem um ferrão com toxinas. Pisar num peixe desses é uma dolorosa experiência. O quanto antes ocorrer o curativo, menor o sofrimento. O mesmo vale para águas vivas e arraias, que apesar de menos comuns, são igualmente problemáticas aos banhistas.
"Essa sujeira na praia gera outros problemas, como pequenos cortes e perfurações, provocados por cacos de vidro e outros resíduos. Linhas de pipa com cerol também provocam acidentes assim, mas não tivemos ocorrências neste sentido. Esse tipo de problema com lixo pode ocorrer com este domingo, que geralmente é o mais movimentado por conta dos piqueniques. Estamos contando com 50 ônibus e uma movimentação geral de 65 mil pessoas", analisa o capitão Raimundo Moura, coordenador das operações do CBM nas praias de Salinas.
O consumo exagerado de bebidas alcoólocas gerou duas situações preocupantes, no início da manhã deste domingo, informa Moura. Duas pessoas desmaiaram, próximas de coma alcoólico, e ficaram perto demais da água. Não fosse o alerta dado aos bombeiros, por outros veranistas, essas pessoas poderiam ter se afogado quando o nível da maré subiu. Elas foram resgatadas e receberam atendimento médico. O consumo dessas bebidas precida ser acompanhado de descanso e alimentação.
Logo pela manhã, já com a intensa movimentação de piqueniques, houve seis ocorrências de crianças encontradas pelos bombeiros. Por isso é importante, ao chegar numa praia, procurar os postos dos Guarda-Vidas e pedir orientações sobre banho e pegar as pulseirinhas de identificação das crianças. Ajudam bastante na localização dos pequenos quando a movimentação no balneário é intensa.
Houve apenas um caso de afogamento fatal. Os demais afogamentos não passaram do grau 1, que é quando no máximo há ingestão de água, tosse leve e o desgaste físico para sair da água. As operações continuam, com 69 bombeiros nas quatro grandes praias de Salinas.