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Soure reserva experiências únicas a viajantes no Marajó

Passeios de observação da natureza e contato com búfalos e igarapés do arquipélago paraense encantam visitantes

Julie Rocha especial para a Redação Integrada

Uma viagem a Belém, a trabalho ou a negócios, pode ser o passaporte para uma descoberta por uma das regiões amazônicas mais cobiçadas por turistas do mundo inteiro – o arquipélago do Marajó, que tem a cidade de Soure como um paraíso a ser explorado para quem ainda não conhece suas belezas naturais.

Banhada pelo rio Paracauari, a "capital do Marajó" é famosa pelos passeios nas fazendas marajoaras, queijo regional e pelas belas praias, como a do Pesqueiro, a 8 km da cidade; a da Barra Velha e a da Araruna. Mas quem pensa que Soure é só isso, está enganado. A cidade marajoara vem se revelando como uma das principais cidades com diversas opções de passeios e rotas turísticas.

Para a professora aposentada Silmara Fonseca, que viaja com o marido, conhecer o Marajó é um sonho realizado. O casal participa de um congresso na capital paraense e aproveitou o final de semana para visitar a região do arquipélago. Fotos, imagens e reportagens nos veículos nacionais não bastaram para revelar um destino fantástico aos olhos dos viajantes de Campinas (SP).

“Foi muito mais do que do que eu esperava, as pessoas são extremamente educadas e calorosas. O que mais gostei foi o passeio de búfalo por dentro do rio e a gente tendo que se equilibrar. E esse passeio por um jardim secreto eu achei absolutamente fantástico, mas três dias é muito pouco tempo para conhecer tudo”, comentou ela.

O casal tinha acabado de participar da inauguração de uma nova rota turística desbravada pelo barqueiro Nonato Gaia, de 53 anos. Antigo morador da vila do Pesqueiro, seu Nonato lembrou que o igarapé não era explorado há 45 anos. A cura para uma depressão foi o contato diário durante um mês limpando os caminhos do igarapé até entender que aquele cenário poderia ser uma alternativa de renda para a família, investindo junto com o filho Renan Gaia, que hoje é o guia nos passeios de turismo sustentável oferecidos aos visitantes.

Experiência

A saída do tour náutico da Vila do Pesqueiro é na maré alta. Os viajantes aproveitam um belo passeio de observação da natureza, passando pelo igarapé do Pesqueiro até o igarapé do Poço Encantado, uma experiência única para quem nunca explorou a região norte do Brasil. “É um passeio de duas horas e meia que você curte a fauna e flora da região. Navegando por entre os igarapés, você vai conhecendo a vegetação do mangue e algumas aves locais, como o guará, as garças e outras espécies”, explicou o guia Renan.

No meio do percurso, uma surpresa, uma parada para um delicioso banho de rio em frente a uma casinha de pescador. Logo depois, foi o momento de conhecer a Vila do Céu, onde moram 88 famílias de pescadores que vivem da pesca artesanal e do manejo do camarão e caranguejo.

As casas dos pescadores, bem coloridas, são um atrativo à parte. E mais à frente, outra surpresa. A paradisíaca praia da Vila do Céu é um convite para deixar o passeio de lado, pedir uma cerveja, petiscar um camarão ou peixe frito e apenas relaxar, apostando que está no melhor local do mundo.

Para quem realmente quer ter uma experiência direta com a comunidade, a Associação dos Moradores de Vila do Céu oferece uma minipousada com apenas um apartamento. O acesso à vila pode ser feito de barco pelos igarapés ou de bicicleta e moto quando a praia está seca.

Pará