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Situação de oferta de oxigênio no oeste do Pará está sob controle, diz Helder

Helder Barbalho garantiu que a produção no Pará é suficiente para atender a demanda dos hospitais

Eduardo Laviano

Nos últimos dias, a região Oeste do Pará registrou um aumento no número de casos e internações. Em entrevista para O Liberal nesta segunda-feira (19), o prefeito de Oriximiná, William Fonseca (PRTB), afirmou que o município precisa de ajuda com o transporte de insumos.

"Já solicitamos este apoio para as autoridades e também fizemos um apelo nas redes sociais mesmo, para que nossos deputados e o governador possam intermediar este pedido de uma aeronave de grande porte para trazer a usina para Oriximiná. Com ela, teremos a geração de 26 metros cúbicos de oxigênio por hora, aproximadamente 60 cilindros por dia", afirmou Fonseca. 

Já nesta terça-feira (19), o jornal espanhol El País informou que Faro, também no Oeste, enfrenta um colapso de falta de oxigênio. O município está com 159 casos ativos da doença.

“Nossa reserva de oxigênio está zerada. Temos 37 pacientes internados dividindo 11 balas de oxigênio para que nenhuma vida seja perdida. Estamos pedindo remédios emprestados, oxigênio, não temos recursos. Hoje dependemos de doações, estamos entrando em desespero”, afirma Thiago Azevedo, secretário da prefeitura de Faro. Já em Santarém, principal cidade da região, o prefeito Nélio Aguiar (DEM) decidiu decretar por 15 dias um toque de recolher entre 22h e 5h da manhã.

Durante a coletiva de imprensa do início da vacinação nesta terça-feira, o governador endereçou o assunto. Helder informou que os caminhões com os cilindros de oxigênio já chegaram ao municípios: 79 cilindros para Oriximiná, 30 para Terra Santa, 20 para Faro e 30 para Juruti.

A região fica exatamente na divisa com o Amazonas, que sofre um esgotamento dos leitos públicos e da capacidade de garantir oxigênio para a população, especialmente na capital Manaus. Na semana passada, um decreto estadual fechou a fronteira entre os dois estados, após pedido da prefeitura de Juruti.

Segundo Helder, a região está sendo observada com atenção e a avaliação do quadro epidemiológico, que colocou a região do Baixo Amazonas na bandeira vermelha na semana passada, não irá influenciar na distribuição das vacinas.

"O bandeiramento é feito com a incidência viral e o sistema de saúde. Elevamos para vermelho porque percebeu-se uma pressão no sistema de saúde, o que nos obriga a sinalizar que é preciso tomar medidas enérgicas para evitar o colapso. Os critérios de vacinação para todos os municípios são isonômicos , sem que haja diferenciação por região. Todos os profissionais de saúde estão distribuídos de maneira proporcional", disse.

Ainda na coletiva, o governador Helder Barbalho (MDB) afirmou que não existe preocupação em relação ao abastecimento de oxigênio e que a empresa que fornece o insumo para o Pará já garantiu produção suficiente para a demanda do estado, com duas fábricas de oxigênio no Pará, além de duas unidades de envasamento de cilindros. O Pará conta com uma capacidade de 58 mil metros cúbicos diários.

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