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Santarém: Projeto de Equoterapia completa 7 anos e benefícios são surpreendentes

O local funciona com livre demanda, qualquer pessoa pode se inscrever

Ândria Almeida

O projeto Centro de Equoterapia Santarém, realizado na área do picadeiro da Cavalaria da Polícia Militar, no bairro Maracanã, completou 7 anos neste mês de setembro. Atualmente, 16 pessoas entre crianças e adultos são atendidas no projeto. Em 7 anos de existência, cerca de 45 pessoas com indicações para o tratamento, que consiste em terapia completar, que utiliza o cavalo como agente terapêutico através de técnicas de equitação para trabalhar a parte motora e cognitiva dos praticantes, passaram pelo local; outras 160 pessoas estão na lista de espera para participar do tratamento.

Cada paciente permanece por dois anos na equoterapia, tendo o direito de realizar 30 sessões nesse período. Cada participante faz uma sessão por semana.

Carla Mendes é mãe do Glen Mendes, de 24 anos, que é participante do projeto. Ela conta que o filho tem o diagnóstico de autismo clássico, Transtorno de TDAH e Global, que já está há quase 2 anos na equoterapia. Segundo a genitora, neste tempo percebeu uma melhora significativa do filho. “Ele melhorou muito, na calma, concentração, fala, no dia a dia, nossa, os benefícios são maravilhosos. É algo tão importante e transformador para os nossos filhos”, declarou.

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Ela completa dizendo que “Quando a gente começa a atender a pessoa, já notamos a melhora no equilíbrio, melhora do tônus muscular, linguagem, favorece a diminuição de saliva, a interação social delas com as pessoas da Equo e que repercutem fora nos ambientes de casa e escola. Esses relatos são trazidos pelos pais”, detalhou.

Estrutura

A terapeuta ocupacional, Tereza, conta que o picadeiro tem espaço para o dobro de atendimentos realizados, no entanto, por ser uma área descoberta os atendimentos precisam ser realizados logo pelo início da manhã, por conta da temperatura do sol, e no período de inverno as atividades são suspensas.

“Acaba que muitas vezes as sessões são interrompidas pela chuva e condições do clima. O espaço é grande, se a gente tivesse mais cavalos, equitadores e mais técnicos, a gente poderia dobrar ou triplicar o número de atendimentos”, relatou.

A equipe é formada por um militar que também é equitador, uma fisioterapeuta e uma terapeuta ocupacional e um voluntário que cuida parte administrativa. Cada sessão dura uma média de 25 a 30 minutos, a depender do caso.

O projeto acontece em parceria com o estado que fornece os técnicos e a polícia militar que fornece o espaço e os cavalos. O local funciona com livre demanda, qualquer pessoa pode se inscrever.

Pará