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Risco de afogamento aumenta durante o mês de julho; saiba como agir nesses casos

Em 2021, o Pará registrou 158 afogamentos, sendo 11,3% no mês das férias escolares

Camila Guimarães e Fabyo Cruz

No ano passado, o Corpo de Bombeiros Militar do Pará (CBMPA) registou 158 afogamentos em todo o estado, sendo 11,3% desse total apenas durante o mês de julho, período das férias escolares. No último domingo, 17, uma criança de supostamente três anos de idade morreu afogada na piscina de um resort de luxo, em Salinas, e uma jovem, ainda sem identificação, foi socorrida, após afogamento, na praia do Atalaia. Outros casos também foram registrados nos últimos dias, em Marabá, Anapu e no Marajó, acendendo o alerta para o assunto.

De acordo com o Tenente Coronel Ricardo, comandante do 1º Grupamento Marítimo Fluvial (Gmaf) do CBMPA, o mês de julho é marcado por ocorrências de afogamento de banhistas devido o aumento do fluxo de pessoas nos balneários. Ele avalia que características naturais da região podem contribuir para os acidentes:

“Aqui no Pará, nós temos uma diversidade de ambientes para banho. Temos praias de tombo, com desníveis muito acentuados, praias com valões, que têm uma mudança brusca de desnível do solo, assim como em alguns igarapés. Todos esses são fatores que aumentam demais o risco para o banho. Inclusive, é preciso considerar o movimento das marés, porque em determinado momento a água pode estar em certo nível de profundidade, porém, algum tempo mais tarde, essa profundidade pode ter mudado”, ele explica.

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“As prioridades sempre são as crianças, principalmente por estarmos em um tempo de lotação maior. Sempre procuramos colocar mais um guarda-vida nessa época”, disse o gerente. O local clube possui quatro piscinas, sendo duas de adultos e duas de crianças. Os guarda salva-vidas são todos bombeiros civis, ressalta Nascimento.

“Esse trabalho requer conhecimento, então 100% dos salva vidas bombeiros civis. Nas piscinas das crianças, eles a recomendam a entrar com boia, principalmente aqueles com dificuldade de locomoção. A maioria entra acompanhada de um adulto, aquelas que chegam na margem necessária podem entrar sozinhas, é claro, com orientação é claro dos seus pais”, afirmou. 

Segup

 

A Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (Segup) informou que em 2022, de janeiro a junho, foram registrados 17 óbitos por afogamento de crianças (0 a 11 anos) em todo o Pará

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