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Programa de Estimulação Precoce da Uremia atende cerca de 200 crianças por mês

Salas de atendimento do programa integram projeto 'Espaços inclusivos', voltado para o acompanhamento de crianças com autismo e outras deficiências.

O Liberal

Desde os seis meses de vida, Maria Flor, agora com quase 3 anos, é acompanhada pelo Programa de Estimulação Precoce (PEP), desenvolvido pela Unidade de Referência Especializada Materno Infantil e Adolescente (Uremia). A mãe, Samira Freitas, descobriu, após o nascimento, que a filha tinha paralisia cerebral, por conta da ausência de massa encefálica e má-formação.

“Muita gente desacreditava que ela pudesse ter um desenvolvimento significativo e desde que ela começou o tratamento com a equipe multiprofissional do PEP percebemos as mudanças. Ela não prestava atenção em nada, não tinha força no pescoço, era todo o tempo deitadinha e conforme avançava no tratamento, ela desenvolveu muito", conta Samira Freitas.

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As salas de atendimento do PEP, na Uremia, foram contempladas, há um ano, com obras do projeto “Espaços inclusivos”, voltado para o acompanhamento de crianças com autismo e outras deficiências. O intuito da ampliação de salas e da reconstrução foi tornar a estrutura mais acessível, além de qualificar os profissionais para utilizar os novos ambientes baseados em práticas com evidências científicas. A obra foi executada pela Secretaria Estadual de Saúde Pública do Pará (Sespa), por meio da Coordenação Estadual de Políticas para o Autismo (Cepa).

“A reconstrução do espaço inclusivo no setor de atendimento do PEP nos concedeu uma área mais limpa, clara, dividida e confortável aos servidores e usuários, valorizando um espaço de atendimento à saúde, com mais segurança, confiança e bem-estar”, explica Elane Oliveira, diretora da Uremia.

Cerca de 200 crianças, de 0 a 3 anos, são atendidas pelo PEP mensalmente. De acordo com a terapeuta ocupacional, Patrícia Moraes, uma equipe multidisciplinar, composta pela terapia ocupacional, fisioterapia, fonoaudiologia, serviço social, enfermagem, odontologia e pediatria, acompanha o desenvolvimento de crianças que tiveram algum fator de risco pré-natal, perinatal ou pós-natal.

Para mães, como Sâmia Freitas, que acompanha e festeja cada fator de desenvolvimento da filha. O tempo é de gratidão. "Hoje ela já tem controle e apoio melhor no pescoço, tem maior percepção ao redor, já faz o movimento de pegar as coisas, o que é uma evolução muito grande. Temos todo o apoio dos profissionais daqui, sempre fomos bem acolhidas, isso faz a diferença, junto com uma estrutura nova, em um ambiente completo. Cada conquista dela é a minha conquista”, conta Samira.

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A diretora da Uremia, Elane Oliveira, enfatiza que: “desde o ano passado, com a entrega das obras do projeto ‘Espaços Inclusivos’, posso dizer que as melhorias não foram só estruturais, também recebemos qualificações especializadas para aperfeiçoar o atendimento, sobretudo, das crianças com o diagnóstico de Transtorno do Espectro Autista (TEA). É emocionante poder contribuir para o desenvolvimento dessas crianças. O momento da alta é muito importante, porque sabemos que a criança conseguirá se desenvolver bem fora daqui, que a família foi bem orientada e conseguirá garantir o suporte necessário”, ressalta.

As crianças são referenciadas pelas Unidades Básicas de Saúde para as Unidades Especializadas, como a Uremia. Elas passam por avaliação em uma consulta com a pediatra. Se for perfil do atendimento da Uremia, as famílias recebem acolhimento do serviço social, recebem todas as orientações e encaminhamentos para outras especialidades de apoio. Dependendo da avaliação de cada profissional, os pacientes podem vir semanal, quinzenal, mensal ou só acompanhamento.

Serviço

A Uremia é localizada na Av. Alcindo Cacela, nº 1421, entre a avenida Governador José Malcher e a avenida Magalhães Barata. Telefone: (91) 3226-1931 | 3246-6126 | 3246-7692

Pará