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Prefeitos do Marajó têm lista de reivindicações a presidente Bolsonaro

Nova visita presidencial à região - ainda não confirmada oficialmente - deverá ocorrer no início de julho e gestores municipais não pretendem desperdiçar a oportunidade

Eduardo Laviano / O Liberal

Uma nova visita do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) ao Pará está prevista para o início do mês de julho. Ele esteve em Belém no último dia 18 para o aniversário da Assembleia de Deus, mas existe a expectativa de que ele retorne ao Estado no próximo dia 2, desta vez para visitar o arquipélago do Marajó, conforme programação recebida por prefeitos da região. Ainda não há confirmação oficial da presidência da República. 

Para não deixar a oportunidade passar, os gestores municipais se reuniram ontem de manhã para estabelecer demandas prioritárias em comum, enxugar o número de propostas e não confundir os ministros caso ocorra uma reunião oficial entre eles e o Executivo federal. 

"Reunimos para propor algo concreto para a nossa região. Vamos fazer pedidos menos numerosos, mas que englobam o Marajó como um todo do ponto de vista do desenvolvimento. Essa demanda precisa partir de baixo para cima e não vir do governo federal para os municípios. Precisa ser construído pelo governo federal, mas que parta das nossas demandas", conta o prefeito de Soure, Guto Gouvêa (PL), que também é presidente da Associação de Municípios do Marajó.

Gouvêa citou duas prioridades que foram discutidas ontem de manhã e que são consenso entre os prefeitos da região quando o assunto é qual tema abordar primeira com o presidente. "A principal pauta que queremos discutir a fundo, e que norteia todas as outras, seria a Zona de Livre Comércio. Levamos essa proposta quando fomos a Brasília, falar com ele no início da pandemia. Ele até falou que era uma possibilidade, mas não foi para frente. A infraestrutura da região, em termos gerais, também é uma prioridade que esperamos poder dialogar sobre", destaca.

Programa

A visita, que além do presidente da República contaria com 11 ministros, tem como objetivo dar visibilidade ao programa Abrace o Marajó, do Governo Federal. A visita será uma boa oportunidade de reacender a fé de que a iniciativa sairá do papel, já que desde o anúncio do projeto, em março de 2020, muitos prefeitos se desanimaram por conta da falta de diálogo com a esfera federal. 

"Nunca tínhamos visto um governo federal ter um programa dedicado exclusivamente ao Marajó, mas por outro lado o programa foi anunciado há mais de um ano e até agora não vimos ações concretas, o que fez com que muitos políticos da região não tenham mais a mesma perspectiva positiva de antes", lamenta Guto Gouvêa. 

Gouvêa afirma que o presidente Bolsonaro chegou a visitar Breves em outubro de 2020, mas não recebeu nenhum prefeito marajoara para discutir as necessidades e diretrizes do programa que pretende melhorar o Índice de Desenvolvimento Humano da região, que é composta por 16 municípios e registra os números mais negativos do Brasil em área como educação, saúde, saneamento básico e renda. 

Gouvea lembra também que o governo federal ainda não apresentou prazos, metas e nem mesmo orçamento para o Abrace o Marajó. "Quando tivermos oportunidade, estaremos documentados com seis ações específicas para a região. Mas temos dúvidas. Não há orçamento previsto, somente especulações numéricas. Dizem que chega um bilhão, dois bilhões, três bilhões. Não há nada definido: seria para infraestrutura, pontes, educação? Seria muito importante ele conversar com a gente, mesmo que rapidamente", diz.

Pará