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Praia do Tucunaré é patrimônio histórico, cultural e imaterial de Marabá

Transformar a praia em patrimônio facilita as ações do município na conservação e manutenção do balneário

Tay Marquioro

A Lei Municipal 18.154, sancionada na última semana, tornou a Praia do Tucunaré um patrimônio histórico, cultural e imaterial da cidade de Marabá, sudeste do Estado. O autor do projeto de lei, o vereador Coronel Araújo, defende que o local tem uma importância ímpar para a economia, o lazer e a dinâmica social do município. “Propus por entender que a praia no verão é, sem dúvida nenhuma, o local mais visitado de Marabá. Então é uma forma de garantir e otimizar a proteção daquele balneário tão prazeroso, que nos dá tanta alegria. Transformar a praia em patrimônio histórico, cultural e imaterial facilita inclusive as ações do município, no sentido de preservação e manutenção do balneário”, afirma o vereador.

A notícia foi recebida com otimismo pela dona Terezinha Rodrigues, a barraqueira mais antiga da Praia do Tucunaré. Vivendo e sustentando a família há mais de 40 anos do que comercializa no balneário, ela agora espera um olhar mais sensível das autoridades. “Que a nossa praia seja mais bem cuidada, não é? Porque é daqui que a gente tira o sustento, mas é também o local de descanso preferido das pessoas e o principal ponto turístico da nossa cidade”, afirmou a mulher que passa até cinco meses do ano morando na barraca onde prepara as refeições que vende aos banhistas.

“A Praia do Tucunaré passa a maior parte do ano encoberta pela água, na cheia do Rio Tocantins. Mas quando aparece a primeira pontinha de areia logo as pessoas começam a chegar e aí o lixo também, a sujeira. Isso prejudica a todos nós, não só a gente que vive da praia. Então a população também tem que botar a mão na consciência e ajudar a manter a praia limpa”, critica dona Terezinha.

Atualmente, de acordo com a Secretaria Municipal de Turismo de Marabá, a Praia do Tucunaré recebe aos finais de semana de julho, período considerado de alta temporada, aproximadamente 20 mil banhistas. No entanto, esse público já foi bem maior, chegando a 50 mil banhistas por final de semana em outros anos. “Nós atribuímos essa redução também a algumas restrições quanto à realização de shows e eventos na praia, justamente com o objetivo de promover uma maior preservação do espaço”, explicou a diretora do Departamento de Turismo da secretaria, Ísis Mourão. “O município esse ano não adotou nenhum tipo de show por conta de problemas identificados nos outros anos, são impactos ambientais incalculáveis”.

A diretora esclarece ainda que, mesmo não havendo programação de eventos realizados no local, só o veraneio com o alto fluxo de banhistas que procura o local todos os anos já demanda um grande esquema de trabalho de órgãos de segurança, de saúde e ambientais. “Isto se deve também ao hábito do veranista marabaense ter um comportamento muito pecualiar. Famílias inteiras acampam, se mudam o verão todo para a praia. Então, além da questão da preservação, há também a necessidade de se trabalhar melhor a legitimidade desse patrimônio, para o uso adequado da praia”, conclui Ísis.  

Pará