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Participantes da Conferência do Clima, em Glasgow, no Reino Unido, conhecem um pouco da Amazônia

Com a participação de uma fotógrafa paraense, 13 fotografias mostram a população negra, indígena, urbana e ribeirinha da região

O Liberal

A partir desta segunda-feira (1º), os participantes da Conferência do Clima (COP26), em Glasgow, no Reino Unido, poderão conhecer um pouco mais das faces e cores que compõem a diversidade da Amazônia. É que, durante a conferência, mais precisamente no espaço Brazil Climate Hub, que vai promover uma série de eventos ligados à pauta da justiça climática, políticas financeiras sustentáveis e à preservação da biodiversidade, estará em cartaz a exposição "Para quem está por vir". 

Com curadoria de Eduardo Carvalho e Vanessa Gabriel-Robinson, a mostra traz 13 fotografias que mostram a população negra, indígena, urbana e ribeirinha da Amazônia. Os fotógrafos da região Bruno Kelly, Marcela Bonfim e Nailana Thielly são os responsáveis pelas imagens que são uma forma de ajudar o público a refletir sobre a importância de manter esse ecossistema vivo, minimizar os impactos de sua exploração, mas principalmente sobre a diversidade cultural do local, informou a Agência Brasil

E, durante a COP26, o Brazil Climate Action Hub, iniciativa da sociedade brasileira na Conferência do Clima, também vai exibir outra exposição dedicada à Amazônia brasileira e sua diversidade biológica e cultural. O espaço receberá um pop-up da mais nova mostra de Sebastião Salgado, “Amazônia”, em cartaz no Science Museum, de Londres, além do novo trabalho “Para quem está por vir”, de Eduardo Carvalho e Vanessa Gabriel-Robinson, desenvolvido exclusivamente para a COP.

Essa mostra apresenta o trabalho de três profissionais da nova geração de fotógrafos da região Norte: Marcela Bonfim (Rondônia); Nailana Thiely (Pará) e Bruno Kelly (Amazonas). Com um olhar sempre atento aos povos da floresta, que guardam e escrevem a história da região, suas fotografias nos ajudam a refletir sobre a importância de manter esse ecossistema vivo, em todas as suas formas, e encontrar soluções que minimizem os impactos da exploração que ocorre na Amazônia há tantos anos.

Na manhã desta segunda-feira (1º), a Redação Integrada entrevistou Nailana Thiely. Ela é jornalista e documentarista para a mídia nacional e local e desenvolve pesquisa em artes visuais com ênfase em processos relacionais. É formada em Comunicação Social e possui mestrado em Amazônia e Comunicação Cultural (ambos pela Universidade Federal do Pará). Ela também é designer gráfica.

Objetivo é fomentar as discussões sobre indígenas e comunidades ribeirinhas, diz fotógrafa paraense

Sua primeira exposição individual foi realizada em 2005, quando fez uma pesquisa para resgatar a memória de moradores da periferia de Belém, por meio de seus retratos de família. Seu trabalho é focado em direitos humanos e sustentabilidade. “Em relação aos meus trabalhos  selecionados, a partir de uma conversa com os curadores, a intenção era chamar a atenção para pautas relevantes na Amazônia, a partir da produção de pessoas que atuam na região”, contou.

Para essa mostra, foram selecionadas quatro fotos: duas fotografias da primeira turma de licenciatura intercultural indígena do povo Kayapó na Uepa, uma foto do município de Afuá, no Marajó, e uma foto de uma comunidade que sobrevive da agricultura familiar, em Barcarena. “A partir desse recorte, o objetivo é fomentar as discussões sobre indígenas, comunidades ribeirinhas e produtores rurais da Amazônia, com enfoque nas pautas da região Norte do país, no momento de um evento que chama a atenção do mundo todo para questões relacionadas ao clima a partir de suas nuances também, de suas subjetividades e sutilezas, com a compreensão de que pautas climáticas e o olhar para comunidades tradicionais e povos originários  precisam ser pensadas de modo integrado e global”, acrescentou.

Ela explicou que os dois retratos da  formatura da primeira turma Kayapó de Licenciatura intercultural indígena foram realizados em São Félix do Xingu. A que retrata o embarque e desembarque durante a chuva no trapiche é do município de Afuá, arquipélago do Marajó. E a da colheita de milho de dona Maria é da comunidade do Tauá, em Barcarena. Todas, portanto, feitas no Pará (Com informações também da Agência Brasil  e do ).

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