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Pará tem 1.233 indígenas no ensino superior

Acesso à educação fortalece a defesa da identidade indígena, como atestam educadores

Eduardo Rocha
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O Estado do Pará registra 1.233 estudantes indígenas no esino superior. São 448 indígenas na Universidade Federal do Pará (UFPA), 399 na Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa) e 145 na Universidade do Estado do Pará (Uepa). Na Uepa, são 100 alunos no Curso de Licenciatura Intercultural Indígenas; 33 no Programa de Pós-Graduação em Educação Escolar Indígena – PPGEE/Uepa/UFPA-Ufopa-Unifesspa, e 12 alunos indígenas aprovados no Processo Seletivo 2023 da Uepa, em diversos cursos. Há, também, 185 estudantes na Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa), 14 alunos no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará (IFPA) e 42 da Universidade da Amazônia (Unama).

Essa temática de cidadãos indígenas fazendo cursos superiores foi abordada no evento "Belém Mairi - Conquistas e (re)existência dos povos indígenas", promovido pela Prefeitura de Belém no Centur, nesta quinta-feira (13), no Centur. A professora Joelma Alencar, do Núcleo de Formação Indígena da Uepa, destacou que nessa instituição funcionam duas formas de povos indígenas ingressarem no ensino superior. Uma delas são as cotas étnico-raciais, por meio do sistema do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e a licenciatura específica, cursos específicos, correspondendo à Licenciatura Intercultural Indígena. No caso, cursos de Técnico de Enfermagem (projetando) e Gestão Pública para Lideranças Indígenas.

"A educação escolar indígena é importante para que eles, indígenas, possam obter a formação necessária para que, na perspectiva da sua profissão, possam retornar com todo o conhecimento que adquiriram para ajudar na luta e resistência do seu povo e da sua comunidade", salientou a professora Joelma Alencar.

image Evento serviu para debates acerca da mobilização dos cidadãos indígenas por seus direitos (Foto: Cristino Martins / O Liberal)

Conhecimento que muda a realidade

O professor Wender Tembé atua como coordenador de Educação Indígena, de Imigrantes e e Refugiados, da Secretaria Municipal de Educação (Semec). Para ele, "os indígenas estavam escondidos em suas reservas indígenas, não saíam, quem falava por eles era a Funai (Fundação Nacional dos Povos Indígenas) e a sociedade não sabia o que a gente sentia, o que queria, e a gente só foi adquirir mais conhecimento quando os indígenas entraram na universidade".

São atendidos pela Semec 241 indígenas da etnia Warao, da Venezuela, e 17 indígenas brasileiros de várias etnias. No IFPA, 42 indígenas fazem cursos técnicos.

image Exposição de artigos da cultura indígena no Centur, durante o evento (Foto: Cristino Martins / O Liberal)
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