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Pará registra número recorde de doação de órgãos e de córneas

Entre os meses de janeiro a abril, foram realizados 190 transplantes, sendo 3 de fígado, 24 de rim e 163 de córneas; 100 famílias paraenses autorizaram doações

O Liberal

O Pará registrou um aumento histórico de doação e transplantes de órgãos nos quatro primeiros meses deste ano. Entre os meses de janeiro a abril, foram realizados 190 transplantes, sendo 3 de fígado, 24 de rim e 163 de córneas.

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“Com este gesto de amor ao próximo, essas famílias possibilitaram que 190 pacientes recuperassem a visão e tivessem melhor qualidade de vida. De certa forma, renovaram a esperança de outros 1.600 pacientes que aguardam por um órgão na fila do transplante do estado. Em quatro meses foram efetivados 100 doadores, sendo 11 doadores de órgãos e 89 doadores de córneas, resultando na disponibilização de 222 órgãos e tecidos para transplantes", explica a coordenadora da Central de Transplante, Ierecê Miranda.

A coordenadora ressalta que o Pará teve o melhor quadrimestre da história no número de doadores de órgãos e de córneas. De 2021 para 2022, o índice cresceu 72%, passando de 28 para 101 doadores e em apenas quatro meses de 2023 foi registrado o mesmo número de doadores alcançado ao longo dos 12 meses do ano passado.

Parcerias foram fundamentais

Para a Sespa, a atuação da equipe da Central de Transplantes em parceria com os profissionais das instituições de saúde foi fundamental para alcançar o resultado. Uma das estratégias adotadas pela pasta foi disponibilizar equipes da Central de Transplante para acompanhar os profissionais da Comissão Intra-Hospitalar para Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes – (CIHDOTT) dentro dos hospitais.

“Com isso, eles podem auditar os prontuários de pacientes críticos para identificar possíveis escapes de potenciais doadores, apontar e elaborar melhorias em conjunto com os hospitais para aumentar as notificações de morte encefálica e, consequentemente, aumentar a doação de órgãos”, pontua a coordenadora.

A comissão de doação de órgãos é formada por profissionais do próprio hospital e é responsável por notificar os óbitos à Central de Transplantes, além de conduzir o processo de doação de órgãos.

“O avanço da política e da gestão do sistema estadual vem possibilitando a ampliação da rede de doação de órgãos e tecidos no estado para que aumente o número de transplantes. Sem doação de órgãos não há transplantes. Por isso, a Sespa incluiu a criação da Comissão Intra Hospitalar como item obrigatório nos novos contratos com as organizações sociais que administram hospitais estaduais”, explica Ierecê.

Outra medida adotada pela Secretaria foi retomar a articulação com o Instituto Médico Legal da Capital e Serviço de Verificação de Óbitos (SVO), que visa divulgar e estimular a doação de córneas dentro do próprio Centro de Perícias. O projeto foi iniciado pela Central de Transplantes e conta com o apoio do banco de olhos do Hospital Ophir Loyola.

“Esta parceria vem sendo a grande protagonista do aumento da doação de córneas no estado e é responsável por 89% do total de doadores de órgãos e tecidos efetivados, assim como 86% do total de transplantes realizados neste período de 2023 foram de córneas e 14% de órgãos”, completa a coordenadora.

Atualmente, 10 comissões e uma Organização de Procura de Órgãos atuam em conjunto com a Central Estadual de Transplantes. A Sespa vem trabalhando na ampliação do Sistema Estadual de Transplantes como um todo. Até o ano de 2021 eram realizados apenas transplantes de rim e córnea, atuando desse modo por mais de duas décadas. Com o avanço nos trabalhos, agora já é possível realizar quatro modalidades de transplantes: rim, medula óssea, fígado e córnea.

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