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Paciente indígena recebe tratamento diferenciado em Hospital Regional de Castanhal

Com direito a rede e açaí, assim foi o tratamento de Manoel Moreira Tembé

O Liberal

Um tratamento diferenciado, humanizado e respeitando a cultura do paciente, um indígena da aldeia Tembé, localizada no município de Paragominas, no sudeste do Pará. Foi dessa forma que o seu Manoel Moreira Tembé, de 80 anos, passou oito dias internado no Hospital Regional Público de Castanhal (HRPC).

De acordo com informações do HRPC o paciente não estava conseguindo dormir e pediu diversas vezes para ir embora porque não estava se adaptando. Foi então que equipe do hospital se mobilizou para providenciar uma rede ao idoso.

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A alimentação também teve que ser modificada, para atender as necessidades do seu Manoel Tembé. Foi introduzido pela equipe médica e nutricional o peixe e o açaí com um pouco de farinha d’água. 

Segundo o diretor geral do HRPC, Júlio Garcia, a mobilização foi de todo o hospital para deixar o ambiente mais favorável para o tratamento do seu Manoel Tembé.

“Respeitar as diferenças é uma forma de humanizar o atendimento médico e de fornecer um tratamento mais benéfico para o paciente. Pautado nisso, entendemos que cada usuário precisa de um cuidado específico. O nosso paciente indígena precisa ainda mais dessa atenção, por isso, as equipes todas se envolveram para criar um ambiente mais confortável possível”, enfatizou Júlio Garcia.

Para o filho do paciente, Martin Tembé, o acolhimento diferenciado facilitou o tratamento do idoso. “Ele não queria ficar no hospital, é muito difícil para ele estar longe da nossa aldeia e de nossos costumes, então estava sendo bem estressante esse período. Depois que a rede chegou, ele parou de reclamar e ficou feliz”, contou.

Seu Manoel Tembé teve alta no sábado (9) e já está em casa, no município de Paragominas recebendo os cuidados da família.

Presentes 

Na quinta-feira (7) a técnica da Coordenação Estadual de Saúde Indígena e Populações Tradicionais da Sespa, Putira Sacuena, o apoiador técnico de saúde indígena do  Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI) Guamá Tocantins, Jorge Tembe – que também é sobrinho do paciente internado, e Lucivânia Cruz, enfermeira da Divisão de Atenção à Saúde Indígena do DSEI Guamá Tocantins, visitaram o hospital e levaram, como forma de agradecimento pelo tratamento oferecido, uma flecha da aldeia Tembé.

Pará