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Naufrágio na Ilha de Cotijuba: Capitania dos Portos vai instaurar inquérito para apurar acidente

A Marinha do Brasil está no local acompanhando o resgate das vítimas

O Liberal

A Marinha do Brasil, por meio da Capitania dos Portos da Amazônia Oriental, informou à reportagem de O Liberal na tarde de quinta-feira (8), que vai instaurar um inquérito administrativo para apurar as possíveis causas e responsáveis do acidente. Até 14h foram contabilizados 14 mortos, de acordo com Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Social (Segup). 

Segundo a MB, equipes de inspetores navais da Capitania dos Portos, equipes de inspetores navais e do aviso do Hidroceanográfico Fluvial “Rio Xingu” estão realizando busca no local para encontrar mais sobreviventes. 

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Confira a nota na íntegra:

“A Marinha do Brasil (MB) informa que tomou conhecimento de um naufrágio envolvendo uma embarcação tipo lancha, que partiu do município de Santa Cruz do Arari, na Ilha do Marajó (PA), rumo a Belém (PA), na manhã de hoje (8). Equipes de Inspetores Navais da Capitania dos Portos da Amazônia Oriental (CPAOR) e do Aviso Hidroceanográfico Fluvial “Rio Xingu” estão realizando buscas no local.

Até o momento, há confirmação de 14 óbitos. A CPAOR irá instaurar Inquérito Administrativo para apurar as possíveis causas e responsáveis pelo ocorrido. 

A Marinha do Brasil lamenta o ocorrido e informa que continua com as buscas no local. Ao longo do dia, mais informações serão divulgadas”.

Irregularidades na embarcação 

A Agência de Regulação e Controle dos Serviços Públicos do Estado do Estado do Pará (Arcon-Pa) comunicou que já havia notificado a empresa responsável pela embarcação e comunicou a Capitania dos Portos sobre a irregularidade do transporte aquaviário. A embarcação não possuía autorização para realizar transporte intermunicipal de passageiros junto ao órgão estadual e realizou a viagem partindo de um porto clandestino na localidade de Camará, Marajó. De acordo com a Arcon, ao menos 70 pessoas estavam dentro da embarcação. Até 13h23 de quinta-feira (8), foram encontrados 14 corpos e 30 pessoas resgatadas. 

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Ajuda da Prefeitura de Belém

O prefeito de Belém, Edmilson Rodrigues, chegou escola na Unidade Pedagógica da Feveira/Cotijuba no início da tarde de quinta-feira (8) para acompanhar o resgate das vítimas do naufrágio na ilha de Cotijuba, nas proximidades da praia da Saudade. O resgate das vítimas do acidente com uma lancha que saiu da ilha do Marajó em direção a Belém está sendo feito pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) por meio de ambulhanchas e ambulâncias. O direcionamento inicial é para a Unidade Básica de Saúde (UBS) de Cotijuba e para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Icoaraci e UBS da Marambaia. 

Segup confirma 14 mortes

A Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Social (Segup) confirma o registro de mortes no caso da embarcação que naufragou aos arredores da ilha de Cotijuba, em Belém. A quantidade já chega a 14 vítimas. Entretanto, o número de vítimas ainda é contabilizado e pode aumentar. No total, 70 pessoas estavam na lancha e 30 já foram resgatadas.

Lancha saiu do Marajó com destino a Belém

A lancha que naufragou na manhã desta quinta-feira (08) tinha saído da ilha do Marajó com destino a Belém. A informação foi repassada pela prefeitura de Belém. A Fundação Escola Bosque (Funbosque) disponibilizou a Unidade Pedagógica da Faveira/Cotijuba para ponto de apoio às vítimas do cidente. A Funbosque também ofereceu um ônibus e uma embarcação paras as famílias. Foram resgatadas 30 pessoas e 14 corpos encontrados. As autoridades disseram que a embarcação tinha 70 passageiros. 

Moradores tentaram salvar tripulantes 

Imagens gravadas por câmeras de aparelhos celulares mostram momentos em que moradores da Ilha de Cotijuba, em Belém, tentam socorrer os tripulantes da embarcação naufragou. Algumas cenas mostram pessoas, entre crianças e adultos, sendo trazidas à terra firme em pequenos barcos, algumas já sem vida.

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Relato de um dos sobreviventes

A reportagem recebeu relatos de pessoas que estavam na embarcação no momento do naufrágio. De acordo com informações, haviam poucos tripulantes e cerca de oitenta passageiros.

"Tinha pouco tripulante e tinham deixado a sala de máquina aberta. Eles foram verificar o que tinha acontecido e a maresia aumentando. Afundou tudo", relata uma das passageiras. Ela ainda afirma que é possível que muita gente ainda esteja presa na lancha, que afundou por completo. Aos prantos, ela conta que não conseguiu salvar uma pessoa.

"Eu fui uma das últimas a me jogar, não tive tempo de colocar o colete. Quando eu me joguei (na água), uma mulher me puxou por aqui (pelo pescoço). Tentei puxar..", diz, lembrando do ocorrido.

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Embarcação teria virado rápido

“Foi rápido que ela emborcou para o outro lado”. A afirmação foi feita, nesta quinta-feira (8), por Edinelson Ribeiro, 43 anos, sobrevivente do naufrágio da embarcação em Cotijuba. Segundo ele, o acidente foi causado por um problema no eixo da embarcação. “....O comandante foi lá. Mandou todo mundo ter calma. Ele não teve culpa”, contou.

E acrescentou: “Quando ele viu que o problema foi no eixo, ele falou: ‘pessoal, respira fundo e calma’. E começaram a pegar os coletes salva-vidas. Colete tinha bastante. Eu fiquei sentado lá na minha janela. Só que, na parte de sair, como começou a encher rápido a água lá atrás, o pessoal foi tudo pra frente.... Só que não deu tempo. Foi rápido que ela emborcou para o outro lado”.

Edinelson disse que os passageiros que estavam na parte da frente da embarcação foram caindo uns em cima dos outros. “Quando ela virou....foi rápido. Eu saindo pela janela...”, contou ele, mostrando um machucado no peito. “Fico triste. Tem sete corpos. Chegaram mais dois corpos. Apareceram lá na praia. A lotação veio 74 pessoas só. Não veio 130 pessoas. Realmente foi uma fatalidade. Crianças faleceram. Não saíram (da embarcação). Não teve como salvar”.

Pará