Naufrágio na Ilha de Cotijuba: Moradores e familiares das vítimas contam sobre o ocorrido

A equipe do Eu Repórter recebeu, por volta das 8h30 da manhã, o primeiro contato sobre o naufrágio na Ilha de Cotijuba, que ocorreu na manhã desta quinta-feira (8).

A filha de um casal que estava na embarcação, Kamille Leal, procurou a redação para informar sobre o "sumiço" dos pais após uma ligação que recebeu, onde o pai informava que o barco estava "afundando" e pediu para que ela procurasse ajuda, como o Corpo de Bombeiros, Marinha do Brasil e a imprensa.

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"Eles me ligaram às 7h44 informando que estavam à deriva no meio da Bahia do Marajó. Logo depois, perdi o contato com eles."

Kamylle entrou em contato com a Capitania do Portos, que informou a ela que estavam a caminho do local. 

De acordo com informações da leitora, a lancha, que seguia de Salvaterra em direção a Belém, estava desde as 7h à deriva. Os pais de Kamylle sobreviveram e foram recebidos por pessoas que estavam ajudando no socorro.

O morador da Ilha de Cotijuba, Rubens Matos, informou que vários sobreviventes chegaram nadando só com peças intímas, a fim de deixar o corpo mais leve, e que foram acolhidos pelos ribeirinhos que estavam ajudando no resgate.

Ainda segundo o leitor, o Corpo de Bombeiros e a Marinha faziam o resgate dos que ainda estavam à derivam, levando para beira da praia os que estavam em óbito.

"Pelo o que eu vi aqui, tinham umas seis crianças e dez idosos mortos. Todos espalhados pelas praias de Cotijuba", informou.

Um enfermeiro da Marinha que acompanhou o resgate do naufrágio, informou que as informações só chegaram para eles em torno das 9h e não confirmou a quantidade de sobreviventes, nem dos óbitos.

(Carolina Mota, estagiária, sob supervisão de Eduardo Laviano)